Soja produzida no Leste Maranhense não traz benefícios para a região
Debate sobre o impacto da sojicultura no Leste Maranhense é necessário, hoje todo o grão produzido na região sai sem trazer nenhum benefício concreto a região, suscita Paulo Marinho
São milhares de hectares de soja sendo cultivados no Leste Maranhense, variedades desenvolvidas e adaptadas pela Embrapa e adaptadas. Caxias e região começam a mudar e isso teve início nos idos de 1995 quando o então prefeito Paulo Marinho resolveu enfrentar o mito de que a soja não teria condições de cultivo nesta latitude.
Paulo Marinho trouxe a Caxias e região sojicultura do Paraná pertencentes a Coamo, maior cooperativa de soja do Brasil, e através deles começou a enfrentar o desafio. Parcerias com a Embrapa resultaram no surgimento da variedade Seridó logo adaptada a região. Hoje a sojicultura é uma realidade. Carretas carregadas trafegam nas estradas de Caxias e região levando grãos para o porto, o destino é a exportação. Marinho defende que essa produção deve se transformar antes de produto de exportação em riquezas para a região e empregos que poderiam ser gerados a partir da transformação dessas commodities em derivados manufaturados.
Lembra o empresário que Caxias já foi um grande pólo produtor de oleaginosas perdendo espaço para outras regiões exatamente com o advento da sojicultura no sul e Centro-Oeste brasileiro e o consequente desaparecimento da amêndoa do babaçu.“Agora é hora de voltamos a debate esse assunto e exigir que a riqueza produzida não fique apenas com o latifúndio”, explicou o empresário Paulo Marinho.
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