Em nome da verdade, Flávio Dino precisa responder alguns questionamentos…
Em nome da verdade
O senhor Flávio Dino deve explicações ao Maranhão. Sem correr da verdade e sem se pendurar em desculpas esfarrapadas, sua excelência precisa vir a público para esclarecer o seguinte:
- Se sua explicação de que o serviço de arapongagem que a Polícia estava determinada a fazer, não foi sob ordens suas, do seu secretário de Segurança e nem do comandante da PMMA, quem mandou?
- Se as nomeações dos comandantes de batalhões, coordenadorias, chefias na Polícia Militar são ou não responsabilidade do comandante da PMMA?
- Se é ou não o governador do Maranhão quem escolhe e nomeia o secretário de Segurança e o comandante da Polícia?
- Se estes são ou não cargos de sua livre escolha, da sua confiança pessoal, de sua livre nomeação?
São sim. É responsabilidade exclusiva do governador essas escolhas. E as autoridades designadas agem em seu nome, por delegação e confiança. Impossível fugir dessas responsabilidades.
A explicação do senhor Flávio Dino, fugindo das suas obrigações, se admitida, permite constatar que a polícia militar, no governo dele, estaria perigosamente sem comando. A sociedade, ameaçada, desprotegida. Não sendo assim, o governador não teria outra saída que não fosse exonerar tanto comandante da PM quanto o secretário da Segurança.
E tinha que tê-lo feito tão logo eclodiu o escândalo. Se não o fez, torna-se cúmplice, senão o mandante desse delito. São inaceitáveis, portanto, as cavilosas explicações do governador. Se quem escolhe e nomeia comandantes de batalhões, coordenador do policiamento do interior é o comandante da PM, o faz por competência, delegação e em nome do próprio governador.
Mais ainda. Quem escolheu esse comandante e também o secretário da Segurança, foi Sua Excelência o senhor Flávio Dino. Portanto, não há escapatória, é responsabilidade dele – e só dele, já que não exonerou os auxiliares por terem traído a sua confiança. Ao contrário, prestigiou e defendeu. O que se vê hoje é a possibilidade de transformar a valorosa Polícia do Maranhão em uma milícia do governo comunista, como fazia Stalin, na então União Soviética. E tudo isso em desfavor da democracia e do povo maranhense.