“Votei não à intervenção federal”, afirma Waldir Maranhão e explica sua motivação
Por Waldir Maranhão
Todos sabemos a importância de combater o crime organizado, a violência e a criminalidade no estado do Rio de Janeiro, mas essa não é a função das forças armadas. Constitucionalmente o tráfico de drogas, e seus limites territoriais, é dever da Polícia Federal em âmbito nacional, e dos estados com as polícias civis e militares. As forças armadas devem ser convocadas para defender o território e a soberania do Estado brasileiro. Em 1992 já passamos por situações semelhantes e não obtivemos sucesso, pelo contrário, tivemos graves violações aos direitos humanos.
Se chegamos a essa situação a culpa é de um acúmulo de erros históricos de governos e governantes que retiraram de suas prioridades investimentos em saneamento, habitação, saúde e educação. O atual Governo, que preza pela agenda MDBista mais conservadora, aliada e alinhada a um programa fundamentalmente neoliberal e totalmente privatista, cortou investimentos em programas sociais e desmonta a rede de proteção social, e claro, consequentemente vem apostando no sucateamento das polícias e dos serviços públicos básicos do estado. Um governo que não investe nas comunidades, não cuida do seu povo, retira o Pré Sal e limita investimentos em Saúde e Educação do seu povo, abre margem para os grupos criminosos organizados atuarem dentro e fora dos presídios, gerando a total desorganização da segurança pública.
Esta pauta é uma tentativa de desfocar assuntos mais relevantes para o povo como a falta de prevenção a essa tragédia que já era anunciada. Uma forma de distrair a pauta negativa e derrotada da Reforma da Previdência e dos problemas sociais e econômicos do país. Ao invés de construir políticas públicas de desenvolvimento e recuperação do Estado à partir do Rio de Janeiro, reestruturar as polícias e devolver a ordem à população, o governo quer iludir a população tentando convencer que os comandantes dos grupos de crimes organizados temerão as forças armadas. Não temerão.
O objetivo é mascarar a verdade e abusar do poder de autoridade de um Presidente com fins de manter esse grupo golpista no poder.
Votei Não à Intervenção no Rio de Janeiro me realinhando ao projeto nacional que acredito é que transformou o país, votarei Não à Reforma da Previdência é assim lutaremos por um país mais justo para todos. Os erros desta e da próxima legislatura refletirão diretamente na vida do povo brasileiro, não nos cabe mais errar, sou solidário ao Presidente Lula e defendo o seu direito de ser candidato. Somente assim, com eleições justas e legais, com Lula candidato, poderemos recuperar a autonomia do sufrágio e do direito do povo brasileiro de eleger seus representantes legais!
A intervenção federal fere a função do estado do Rio de Janeiro de gerir a própria segurança pública local e põe em risco a liberdade de seu povo e de seus moradores.