Chico Leitoa homenageia seu irmão João Caldas que faleceu aos 74 anos
Por Eng Chico Leitoa
Nascido em 5 de maio de 1943, João Caldas de Sousa, conhecido como João Damasceno, nos deixou nesse dia 20.02.2018. Filho mais velho do primeiro casamento do Seu Estevam com dona Francisca (ambos falecidos), João desde cedo se diferenciou pois pouco trabalhou no pesado. Foi estudar em Teresina, morando na vila operária, concluiu o ensino médio, curso técnico de contabilidade no início da década de 60. Em seguida sentou praça no Exército e foi uma festa na família. Tal orgulho ganhou contornos de preocupação quando em março de 1964, o exército ao qual ele servia, assumiu o comando do País. João foi transferido para o extremo do Estado e apesar de ter menos de dez anos, me lembro da apreensão que tomou conta de toda a família preocupada com os desdobramentos da situação. Depois as coisas foram ficando mais claras e foi um alívio para todos quando ele deu baixa.
João sempre procurou viver em comunidade. Mas foi no futebol onde sempre conseguiu reunir o maior número de amigos. Nas décadas de 60 num time do São Gonçalo e na década de 70 no Santa Cruz do parque Piauí zona urbana de Timon, além de presidente era um dos melhores zagueiros de área de sua geração e juntamente com Milton Bororó, Chico Onça, Joãozinho, formavam uma zaga poderosa. Santa Cruz, no qual também joguei foi um time de grandes jornadas. Quebrou o primeiro tabu de Timon que tinha no centro o Corinthians, time forte e num desafio entre centro e bairro, no campo do Cruzeiro, vencemos por 1 x 0. João o capitão.
Mestre obras dos bons, trabalhou por 20 anos na Penta Engenharia, sempre um conceituado profissional.
Na política acompanhou todos os meus passos, chegando a assumir a presidência do diretório municipal do PDT e se candidatando a vereador na eleição de 2000, mas sempre com muito respeito e ética, tinha muito cuidado pra não atrapalhar minha candidatura e acabou não se elegendo. Acompanhou todos os momentos que participei, de forma muito fiel e dedicada.
Era presença constante na minha casa e aos domingos, sempre que nos estávamos no BG, lá estava João Damasceno. Um irmão dedicado.
Escondeu até quando pode a doença que lhe consumia. Quando tomamos de conta, já era tarde.
Foi-se João, meu irmão, meu grande amigo. Que Deus o tenha em bom lugar. Vá em Paz. Fará muita falta…