Vai ter que ficar para posteridade
A expressão “imagina na Copa”, nunca esteve tão em uso, que acabou se tornando uma chatice, um senso-comum, mas é impossível não exclamar a referida frase, quando você passa pelos locais sede da maior competição esportiva do mundo – sim, maior até que as Olimpíadas – e ainda acompanha nos noticiários a realidade da estrutura que está sendo montada e será oferecida.
Lembro bem, que em 2007, quando o Brasil foi escolhido para ser sede da Copa do Mundo de futebol de 2014, uma tia, reclamou: “Nossa, mas para que tanto tempo de antecedência, algo tão longe?”
Obras em Brasília parecem não ter fim |
Naquele exato momento, eu já sabia que sete anos não seria uma eternidade para o nosso país, em se tratando do tempo de preparação para a Copa do Mundo, afinal no Brasil, tudo é feito, de forma proposital a passos muito burocráticos, para não dizer permeados por corrupção.
Os aeroportos brasileiros, com raras exceções, estão em obras e não vão ficar prontos para o mundial. Tortura para quem está viajando, para quem vai viajar no período da Copa do Mundo, mas quem sabe para a próxima geração, será uma baita investimento, pois para a competição de junho, já era, não dá mais.
Quem sabe para as Olimpíadas, pode ficar o legado, mas seria ser otimista demais, depois que passar a Copa, tudo vai retomar um ritmo de lentidão absurda, que causará irritação.
Mas vale lembrar que as Olimpíadas, os jogos serão estritamente realizados no Rio de Janeiro e aí Manaus, Recife, Fortaleza, Cuiabá, Natal e outros vão ficar só no esquecimento, afinal para 2016, a concentração de esforços será totalmente na capital fluminense.
Quanto aos estádios vai estar tudo lindo, a grama verdinha, os assentos bem confortáveis, mas o entorno e não digo só na área próxima aos palcos de futebol, vão estar completamente caóticos. As obras de infraestrutura pouco ou nada andaram, estou sendo extremamente pessimista, mas o sistema de transporte público pode entrar em colapso.
E se tiver protestos? Pode vir a buscar até a conscientização enquanto cidadão, mas nada mais que interesses políticos por trás, uma vez que a eleição presidencial e estadual estará beirando as portas.
Não para por aí! É impossível esquecer, os preços abusivos que estão sendo praticados nesse período, aumentos superiores a 200% para fisgar todos os dólares, euros, pesos e até mesmo reais, mas nada mais que um grande burrice. Afinal, aquele que sente explorado não volta mais e nem recomenda, e para quem não sabe a melhor a propaganda é aquela espontânea, levada por quem vive a experiência.
Enfim é muito difícil, que para a Copa fique tudo 100%, mas para a posteridade fica a esperança de que Copa do Mundo e Olimpíadas deixaram algum legado para o Brasil.