“Tivemos um ano vitorioso”, assim Edivaldo Holanda Júnior, classifica o seu primeiro ano de governo
Após um inicio de ano turbulento, quando recebeu uma prefeitura falida com uma dívida milionária e devendo o pagamento de dezembro dos servidores municipais, Edivaldo Holanda Júnior fecha o primeiro ano de sua gestão, exaltando feitos que trouxeram melhorias sociais para a população.
Além do trabalho desempenhado ao longo de dois meses, ficou evidente a busca incessante do prefeito em manter o diálogo aberto com todos os setores da sociedade, além de não tolerar atitudes que pudessem comprometer a imagem da atual administração.
Confira na íntegra a entrevista exclusiva:
Quando o senhor assumiu a prefeitura em janeiro deste ano, informou que seria obrigado a reconstruir a cidade. O que foi possível fazer por esta reconstrução em 12 meses?
Edivaldo Holanda Júnior – Tivemos um ano difícil, mas, Graças a Deus, vitorioso. Trabalhamos diuturnamente para arrumar a cidade, resolvendo passivos que foram deixados, recuperando convênios importantes com a União, realizando obras em várias áreas. Mas, há algo que julgo de grande importância que instituímos nestes primeiros 12 meses: a forma de governar, baseada na transparência, no diálogo, na mobilização da sociedade. É uma prática que está se estruturando como política de estado, como algo que cria um novo paradigma. Também naquilo que altera concretamente as condições de vida como infraestrutura, saneamento, saúde, educação, moradia, entre outras, já temos o que mostrar, graças a Deus.
Já no comando do município, sua constatação foi de que os problemas imaginados na verdade eram bem maiores?
Encontramos uma cidade com graves problemas, sem recursos, com dívidas e praticamente tudo a ser feito. Mas, desde o primeiro momento trabalhamos duro, com toda a equipe, para arrumar a casa, viabilizar recursos, elaborar projetos, planejar as ações. Ao mesmo tempo, apesar de todas as adversidades, trabalhamos pela cidade e isso pode ser constatado com ações concretas, como a regularização do calendário escolar, o início da educação integral, a valorização dos professores; as reformas de unidades de saúde no Coroadinho, Sacavém e no Residencial Alexandra Tavares, além de reformas nos Hospitais da Mulher e da Criança e reestruturação do Samu; a entrega de mais de 6 mil casas do programa “Minha Casa, Minha Vida”, além de mais 10 mil unidades em construção e breve realizaremos novo sorteio para a população de baixa renda; a melhoria da limpeza urbana com a repactuação dos valores do contrato reduzido em cerca de R$ 4 milhões/mês; a melhoria da iluminação pública; as obras no canal Cohab-Cohatrac, canal do Gan Gan; canal e galeria na Salina do Sacavém; no Pólo Coroadinho, onde mais de 400 ruas estão sendo pavimentadas; na área Itaqui Bacanga, com obras iniciadas na Vila Bacanga, Dom Luís e Anjo da Guarda numa ação que atingirá cerca de 30 bairros com saneamento básico e pavimentação, com investimentos de R$ 42 milhões; E temos outras obras com a Praça do Esporte e da Cultura, no Coroado; o Circo Escola na Cidade Operária; instalação de mais de 30 mil metros de encanamento de água na Vila Embratel e região; na garantia de recursos para investimentos no Socorrão I e no Socorrão II, enfim várias ações foram realizadas ou estão em curso e muitas outras realizaremos em 2014 com o Programa Avança São Luis, que é uma realidade, está acontecendo e vai permitir grandes realizações em toda a cidade.
Quais as principais dificuldades enfrentadas neste primeiro ano de governo?
Como disse anteriormente tivemos muitas dificuldades, mas a principal delas é financeira. Ainda nos primeiros meses de gestão, tivemos que honrar com uma folha de pagamento referente ao mês de dezembro de 2012, atrasada pela gestão anterior. Dialogamos com os servidores, mostramos os problemas financeiros encontrados e, com a bênção de Deus, conseguimos efetuar o pagamento. Os servidores jamais poderiam ser penalizados e por isso têm sido priorizados em nossa gestão. Foram 14 folhas de pagamento no ano. Tivemos uma frustração de receita na casa dos 100 milhões de reais, pagamos precatórios, INSS, que estavam atrasados. Enfim, atravessamos o ano com carência de recursos. Além disso, herdamos uma máquina emperrada, quase um bilhão de restos a pagar, demandas represadas por anos. Mas enfrentamos tudo com altivez, serenidade, responsabilidade e com foco no planejamento para que a cidade possa ter os serviços e obras que precisa para melhorar as condições de vida de nosso povo, especialmente daqueles que mais precisam.
A arrecadação do Município é um item de fragilidade na gestão?
A arrecadação própria do município de São Luís é ínfima diante das demandas existentes na cidade. Aliás, esta é uma realidade da maioria dos municípios brasileiros. Nenhum município conseguiria sobreviver apenas com recursos provenientes de arrecadação própria. As maiores carências de serviços públicos recaem sobre os governos municipais que contraditoriamente recebem a menor parte dos recursos públicos, concentrados na União e nos Estados.
Sem parceria com os governos federal e estadual fica inviável a administração de uma prefeitura do porte de São Luís?
Sem dúvida! Nenhum município brasileiro teria condições de prescindir de parcerias com os governos federal e estadual e São Luís não é diferente. Temos buscado, desde o primeiro momento de nossa gestão, parcerias institucionais com os entes federativos e, graças a Deus, temos tido bons resultados especialmente do governo federal.
Como tem sido a parceria com o governo do estado para tentar solucionar os problemas da cidade?
Como disse a parceria institucional entre os governo municipal, estadual e federal foi uma das nossas primeiras atitudes. Propusemos ainda durante a posse. Iniciamos as tratativas com o governo do Estado no início do ano para atuarmos conjuntamente na área da saúde. Infelizmente não foi possível. Voltamos a discuti-la a partir de junho em torno de projetos de mobilidade urbana. Apresentamos nossos projetos, parte deles já em tramitação no governo federal, e essas discussões continuam. Esperamos concretizar parcerias que efetivamente melhorem as condições de vida de nossa população.
E o governo federal tem sido um bom parceiro?
O governo da presidenta Dilma tem feito parcerias importantes para o município. Tivemos grandes avanços em áreas importantes, como educação, onde vamos iniciar, com a bênção de Deus, o maior programa de construção de creches já visto nesta cidade; na habitação com a ampliação do programa Minha Casa, Minha Vida; também na infraestrutura, onde já conseguimos assegurar recursos da ordem de R$ 100 milhões para a pavimentação de vários bairros e temos projetos de mobilidade urbana em tramitação no governo federal, que esperamos sejam aprovados os recursos para iniciarmos importantes obras a exemplo do corredor de transportes.
Existe a perspectiva de uma reforma administrativa agora para janeiro?
Nossa gestão é focada em planejamento, trabalho e resultado para melhorar a qualidade de vida da população. É com esse propósito que temos pautado nossa atuação nestes primeiros 12 meses de governo. A gestão pública é dinâmica e, portanto, é natural que em determinados momentos precisemos fazer ajustes na equipe.
E as secretarias que foram anunciadas no inicio de 2013, quando vão ser criadas?
Apresentamos uma série de propostas ainda durante a campanha eleitoral e cumpriremos todas elas durante nosso mandato. As secretarias e as sub-prefeituras estão no rol destes compromisso assumidos e as criaremos no momento oportuno em que seja viável administrativa e financeiramente. Mas, reitero que iremos honrar com todos os compromissos assumidos durante a campanha, inclusive estes.
A aproximação de uma campanha eleitoral dificulta uma maior aproximação com o estado?
Como afirmei anteriormente desde que assumimos nos colocamos à disposição para estabelecermos parcerias institucionais com o governo do Estado. As discussões iniciadas em junho acerca dos termos da parceria para execução de projetos de mobilidade urbana estão em andamento com tratativas entre a Casa Civil do governo do Estado e a Secretaria Municipal de Governo. Portanto, não vejo nenhum impedimento, desde que sejam parcerias republicanas e efetivas, que beneficiem a população de nossa querida São Luís.
De que forma o senhor pretende atuar durante a campanha eleitoral em defesa do seu candidato a governador?
Sou um agente político e como tal participarei da campanha eleitoral ao lado dos candidatos de nosso grupo político, entre eles os companheiros e amigos Flávio Dino e Roberto Rocha. No entanto, como prefeito nossa prioridade neste momento é fazer uma grande administração para os mais de 1 milhão de habitantes de São Luís, para que nossa população sinta os resultados disso em seu dia a dia e se orgulhe de viver em nossa cidade.