Maranhão registra perda de US$ 32,7 milhões em exportações para os EUA

De acordo com os dados da balança comercial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços o Maranhão registrou uma perda de US$ 32,7 milhões, ficando na 8ª posição entre os estados brasileiros que mais reduziram suas exportações no período. O estado nordestino mais prejudicado foi o Ceará, com queda de US$ 116,4 milhões, ocupando o 3º lugar no ranking nacional.
Os estados do Nordeste foram os mais impactados pela queda nas exportações para os Estados Unidos em agosto, primeiro mês em vigor do tarifaço implementado pelo presidente Donald Trump. A nova política elevou taxas sobre diversos produtos brasileiros, afetando principalmente setores industriais e agrícolas da região.
No total, São Paulo liderou as perdas, com um recuo de US$ 437,2 milhões, seguido por Minas Gerais, que teve retração de US$ 226,3 milhões.
O impacto é atribuído principalmente à redução das compras norte-americanas de produtos como aço, alumínio, celulose e itens do agronegócio. Economistas apontam que, se as tarifas permanecerem em vigor, a tendência é de que os estados exportadores do Nordeste enfrentem dificuldades ainda maiores nos próximos meses, com riscos de demissões em setores estratégicos.
Especialistas defendem que o governo brasileiro intensifique negociações com os Estados Unidos para tentar reduzir os impactos da medida, considerada um duro golpe para a balança comercial do país.
A queda está diretamente ligada à redução das compras norte-americanas de produtos estratégicos. Entre os itens mais afetados estão:
- Minério de ferro, com retração total de 100% nas exportações;
- Açúcar, que caiu 88,4%;
- Aeronaves e peças, com queda de 84,9%;
- Além de motores e máquinas não elétricos (-60,9%) e carne bovina fresca (-46,2%).
Especialistas destacam que o Maranhão foi impactado principalmente na exportação de produtos semiacabados de ferro e aço, além de celulose, setores fundamentais para a economia local.
O governo brasileiro já estuda alternativas para mitigar os efeitos do tarifaço, mas analistas alertam que, caso as taxas sejam mantidas, os prejuízos podem aumentar nos próximos meses, afetando diretamente a geração de empregos e a arrecadação nos estados exportadores.

