Quem é Kekê Teixeira?

Ao noticiar, na quarta-feira, 2 de julho, a lista dos deputados estaduais que participaram — e os que não compareceram — ao encontro com o pré-candidato ao Governo do Maranhão, Orleans Brandão, recebi uma pergunta de um leitor atento:
“Quem é Kekê Teixeira?”
A dúvida, aparentemente simples, provocou uma reflexão incômoda, porém necessária: quem são, de fato, os 42 parlamentares que hoje ocupam cadeiras na Assembleia Legislativa do Maranhão? Quantos desses nomes representam, de verdade, o povo maranhense com ações concretas, presença ativa ou sequer alguma identificação pública?
A verdade é que, salvo raras exceções, a maioria da população não consegue nomear sequer metade desses deputados, tampouco apontar qualquer projeto, fala relevante ou atuação parlamentar consistente. O mais curioso é que nem mesmo setores especializados da imprensa política — que cobrem diariamente os bastidores do Legislativo — são capazes de listar os 42 de forma espontânea. Isso diz muito.
Não se trata aqui de um ataque pessoal ao deputado Kekê Teixeira — a bem da verdade, não há qualquer intenção ofensiva. Mas o exemplo serve para escancarar uma realidade incômoda: a invisibilidade de grande parte dos parlamentares. Kekê Teixeira, por exemplo, assumiu recentemente o mandato após a renúncia de Roberto Costa, eleito prefeito de Bacabal. Fora isso, sua atuação ainda é praticamente desconhecida — exceto pelo fato de ser irmão do ex-prefeito de Cidelândia, cujo nome tampouco vem à memória.
Essa ausência de identidade parlamentar, infelizmente, não é exclusividade de Kekê. Poderia enumerar outra dezena de nomes, mas confesso que até para isso teria dificuldades.
O que propuseram até agora? Qual projeto relevante apresentaram? Qual discurso marcou posição sobre temas sensíveis ao povo maranhense?
A verdade é que muitos mandatos são herdados, não conquistados. São legados familiares, frutos de redes de influência locais, alianças de ocasião, apadrinhamentos políticos e não de um debate de ideias. São filhos, sobrinhos, irmãos, esposas e maridos de prefeitos, ex-deputados e líderes partidários — gente que ocupa uma cadeira legislativa mais por sobrenome que por mérito.
Enquanto isso, a Assembleia Legislativa se transforma, em grande parte, em um órgão silencioso, onde poucos se destacam, poucos enfrentam o debate público, e quase ninguém é lembrado pelo povo. E o resultado disso? Projetos que não saem do papel, fiscalizações que não acontecem, discursos vazios — e um Maranhão que continua sendo um dos estados com os piores indicadores sociais do país.
A política, no Maranhão e no Brasil, muitas vezes se reduz a um teatro de faz de conta, onde o cidadão é espectador passivo de um jogo de poder que não lhe inclui, não lhe escuta e não o representa.
Diante disso, a pergunta “quem é Kekê Teixeira?” não é só pertinente. É simbólica. Ela aponta para o abismo entre representantes e representados. Um abismo que precisa, urgentemente, ser superado.
A propósito fui pesquisar quem é Kekê Teixeira. O deputado tem nome completo de Weyklen Coelho Teixeira, tem 41 anos, e na sua ficha eleitoral de 2022 apontava que ele possuía ensino médio completo e era comerciante, mas no site da Assembleia ele já é identificado por administrador de empresas e produtor rural e tem o seguinte currículo:
Foi secretário de Administração e Finanças da Prefeitura Municipal de Cidelândia no ano 2013, na gestão do seu pai, prefeito Augusto Alves Teixeira (Neto Teixeira),
Em 2017, foi eleito vereador de Cidelândia, foi eleito presidente da Câmara Municipal de Cidelândia, para o biênio 2017-2018 e reeleito para o biênio 2019-2020. Foi reeleito vereador para o segundo mandato para o quadriênio 2021 a 2024. Também reeleito presidente da Câmara Municipal de Cidelândia pela terceira vez, para o biênio 2021-2022. Entre 2023 e 2024, foi superintendente de Articulação Política de Açailândia.
E desde que está no mandato, a partir de fevereiro de 2026, já fez cinco discursos nos dias 4, 5 e 27 de fevereiro, 21 de maio e 18 de junho. Um deles, publico a seguir:
E fui procurar também quem era o irmão de Kekê Teixeira, trata-se de Fernando Teixeira, prefeito de Cidelândia por dois mandatos.
O Maranhão infelizmente segue no caminho das capitanias hereditárias. O mais absurdo de tudo é que o homem que todos acreditavam ser o inicio do fim desse ciclo pouco conseguiu avançar em novas medidas que tirassem o atraso do vergonho status do mais miseravel do Brasil. Quase nada mudou e para piorar escolheu como sucessor um politico com raiz profundas do sarneyzismo , especialmente de perpetuação do poder por meio da manutenção do sub desenvolvimento do estado , que permite o acintoso direcionamento dos votos dos chamados vulneraveis que apenas no bolso familia são mais de hum milhão e duzentas familias. Números que envergonham a todos menos, com raras execeções, a classe politica do estado que está exclusivamente preocupada com a manutenção do poder. O Maranhão necessita urgente entrar no mesmo ciclo que o Ceará viveu em 1988 com a eleição de Tasso Jereissati que tirou o Ceará do mapa da fome , do flagelo da seca e transformou o estado em uma das economias mais forte do nordeste. Será que não doi na consciencia desses politicos jogar o estado mais miseravel do país nas mãos de um menino cujo maior feito foi administrar a fazenda da familia. O futuro do maranhão é de causar arrepios