PT do Maranhão define novo comando em eleição interna com cinco candidatos à presidência; Francimar Melo é o favorito

O Partido dos Trabalhadores (PT) do Maranhão se prepara para um momento decisivo de sua vida interna com a realização do Processo de Eleição Direta (PED), que definirá o novo presidente estadual da legenda para os próximos quatro anos, além dos demais membros da executiva estadual e os diretórios municipais. O pleito que ocorre no próximo domingo, 6 de julho, movimenta cerca de 85 mil filiados aptos a votar em todo o estado, configurando-se como um dos maiores processos democráticos partidários do país.

A disputa pela presidência estadual do PT no Maranhão conta com cinco candidatos e dez chapas em busca de espaço nas estruturas de direção. O favorito é Francimar Melo, atual presidente, que conta com o respaldo de lideranças influentes, como o deputado federal Rubens Pereira Júnior, os secretários de Estado Washington Luiz e Henrique Sousa, além de outras figuras tradicionais da legenda.

Correndo por fora, mas com densidade política, está o ex-presidente estadual do PT, Raimundo Monteiro, que tem o apoio declarado do deputado estadual Zé Inácio, um nome conhecido no partido e que também disputa protagonismo interno.

Uma terceira via se desenha com Genilson Alves, que conta com o suporte do presidente do INCRA no Maranhão, Zé Carlos, figura histórica do PT. Embora tenha menor estrutura, Genilson busca se posicionar como uma alternativa viável ao eleitorado petista.

Com menor expressão e sem base sólida de apoios, os nomes de Professor Rogério e Eri Castro também estão na disputa. Nos bastidores, há quem veja a candidatura dos dois como uma tática para forçar um eventual segundo turno e, assim, abrir espaço para negociações e rearranjos internos entre as correntes petistas.

Chamando atenção, o vice-governador do Maranhão, Felipe Camarão, um dos principais nomes do partido no estado, tem adotado uma postura de neutralidade, sem declarar apoio público a nenhum dos candidatos. Sua posição tem sido interpretada como uma forma de manter a unidade do partido e evitar o acirramento de divisões internas.

Disputa em São Luís

Na capital maranhense, a eleição municipal também promete ser acirrada. De um lado, Bruno Cacau, ex-secretário adjunto de Direitos Humanos e apoiado pelo presidente licenciado do diretório municipal, Honorato Fernandes, concorre com o respaldo do grupo político ligado ao deputado Zé Inácio.

Do outro lado está a co-vereadora Raimundinha, do Coletivo Nós, que disputa com o apoio do secretário Washington Luiz e de setores ligados ao campo majoritário do PT no estado. A disputa em São Luís é considerada estratégica, já que a capital concentra o maior número de filiados, cerca de 15 mil, e influencia diretamente nos rumos da política estadual petista.

A eleição do PED é vista como um termômetro da organização e das forças políticas internas do PT às vésperas das eleições municipais de 2026 e do reposicionamento do partido nos palanques estaduais. Os resultados devem não apenas definir os rumos administrativos do partido, mas também sinalizar quais grupos sairão fortalecidos para os próximos desafios eleitorais no Maranhão.

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