Invasão ameaça maior empreendimento náutico da Ilha de São Luís, em área da Gambarrinha, em São José de Ribamar
Um projeto imobiliário de grande porte, que promete transformar a região da Gambarrinha, em São José de Ribamar, no mais relevante empreendimento náutico da Ilha de São Luís, está sob grave ameaça. A área onde será construído o complexo, que poderá gerar centenas de empregos diretos e indiretos, atrair investimentos milionários e movimentar intensamente a economia local, está sendo alvo de um processo de invasão.
Segundo moradores e pessoas ligadas ao projeto, grupos têm invadido terrenos nas proximidades e já iniciaram o desmatamento de vegetação nativa. Foram cortados bambuzais, árvores de barriguda e outras espécies típicas da região para abrir espaço à instalação de barracos improvisados. A movimentação, segundo testemunhas, se intensificou nos últimos dias, num claro sinal de ocupação irregular.
O caso já foi formalmente denunciado à Secretaria de Meio Ambiente de São José de Ribamar. No entanto, até o momento, o titular da pasta, Carlos Eugênio, não adotou nenhuma providência concreta para conter a ação dos invasores ou coibir o dano ambiental já causado.
O empreendimento náutico é aguardado com expectativa pelo setor imobiliário, por empresários do turismo e por moradores da região, que veem no projeto uma oportunidade de valorização urbana e geração de renda. Com infraestrutura planejada, marina, espaços comerciais e residenciais de alto padrão, a iniciativa é apontada como estratégica para o desenvolvimento da costa ribamarense.
A omissão do poder público diante da situação, porém, acende um alerta. Além do risco de inviabilização do projeto, a ocupação desordenada da área pode provocar impactos ambientais severos e aprofundar problemas urbanos já existentes, como falta de saneamento e pressão sobre serviços públicos.
Empresários envolvidos no projeto avaliam recorrer ao Ministério Público para garantir a preservação do terreno e a continuidade do empreendimento. Enquanto isso, o cenário de incerteza cresce, e a região da Gambarrinha corre o risco de ver desperdiçada uma das maiores oportunidades de desenvolvimento sustentável do município.
