Deputado maranhense diz que é contra indicar familiar para sucessão no Governo do Maranhão, mas é a favor em Prefeitura

O deputado estadual Leandro Bello (Podemos) resolveu engrossar o coro da oposição ao criticar a possível indicação de Orleans Brandão, sobrinho do governador Carlos Brandão (PSB), para o cargo de chefe do Palácio dos Leões. Em sua fala, Bello afirmou que não concorda com esse tipo de nomeação no Governo do Maranhão, embora, segundo ele, seria mais aceitável “em uma prefeitura de interior pequeno”.

A declaração, no entanto, escancara uma conveniência seletiva que tem marcado o discurso de parte da oposição maranhense. Ao relativizar o nepotismo conforme o tamanho do poder público, o deputado cai em uma contradição evidente: ora condena a prática, ora a normaliza — desde que fora dos interesses dele. O que se desenha, portanto, não é uma crítica baseada em princípios éticos sólidos, mas uma postura moldada pelas circunstâncias e pelo oportunismo político.

É curioso observar como a indignação seletiva tem se tornado uma arma de retórica recorrente em alguns setores da Assembleia Legislativa. Ao invés de fiscalizar com coerência, preferem mirar onde rende mais manchetes e engajamento, esquecendo que a ética não se mede pelo tamanho da prefeitura, mas pelo compromisso com a coisa pública, independentemente do ente federativo envolvido.

A continuar nesse ritmo, parte da oposição maranhense corre o risco de acumular mais tropeços do que vitórias até a eleição de 2026. Afinal, não há discurso que resista ao teste da coerência quando a conveniência passa a ditar a crítica. E para quem aspira liderar o estado, talvez seja hora de começar a praticar o que prega — em vez de maquiar o erro alheio com discursos maleáveis.

O eleitor, mais atento do que nunca, saberá distinguir quem age com seriedade e quem apenas age por conveniência.

 

1 thought on “Deputado maranhense diz que é contra indicar familiar para sucessão no Governo do Maranhão, mas é a favor em Prefeitura

  1. 🤹‍♂️ É como dizer que furar a fila é errado — a menos que seja numa padaria pequena, onde todo mundo se conhece e ninguém liga. O curioso é que essa lógica flexível se adapta perfeitamente às conveniências do momento: critica o adversário no palco grande, mas ignora a prática quando o teatro tem menos cadeiras.

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