Washington Luiz: As práticas criminosas da extrema direita devem ser combatidas

Por Washington Luiz

O recente episódio de pedido de abertura de processo disciplinar contra o Vice-Governador Felipe Camarão, protocolado por pessoas notoriamente ligadas à extrema direita, como o advogado Warlllyson Fiúza, o “Fiúza do Bolsonaro”, e o subtenente da reserva Fabiano dos Santos Brandão, é mais uma tentativa desesperada de quem não consegue conviver em um ambiente republicano e democrático com pessoas que respeitam as instituições, como é o caso de Camarão, que também é professor de direito e procurador federal.

Discursos de ódio, os ataques à democracia e àqueles que a defendem são práticas inaceitáveis que buscam forjar narrativas para tumultuar a atuação pública e o exercício da política sob o manto da “moral e dos bons costumes”. A esses ditos cidadãos, faltam legitimidade para julgar atos e comportamentos de quem construiu uma trajetória íntegra, pautada no diálogo, na educação e na política, exercícios permanentes e necessários para resguardar o direito ao contraditório, ao respeito e à civilidade nas relações políticas e interpessoais.

Os representantes da extrema direita ao se verem derrotados por seus adversários no campo das ideias, recorrem a ataques pessoais e buscam se valer de expedientes do estado de exceção em um movimento de negação das regras democráticas.

Não se ouve desses mesmos cidadãos qualquer menção sobre a covardia cometida por seus semelhantes sujeitos políticos contra a Ministra Marina da Silva no Senado Federal. Ela foi categoricamente desrespeitada, aviltada e ameaçada enquanto atendia a um convite de diálogo entre os poderes executivo e legislativo.

Praticas associadas à violência política, grupos de extermínio e disseminação de fake news não podem ser toleradas. Muito ainda temos que caminhar para seguir na construção de uma arena pública onde os antagônicos convivam respeitosamente, com base no respeito, no compromisso com a democracia, com os direitos humanos e justiça social

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