(Feliz Ano Novo) Após o Carnaval, movimentações políticas se intensificam visando 2026

No Brasil, há um velho ditado que diz que o ano só começa depois do carnaval. No Maranhão, essa máxima nunca fez tanto sentido. Após uma festa marcada por um forte apelo popular e pelo alto investimento do governo estadual e da Prefeitura de São Luís, o cenário político local finalmente ganha tração, revelando um 2025 de embates visando as eleições de 2026, disputas e articulações de bastidores que definirão os rumos do estado nos próximos anos.
Com a ressaca da folia, voltam à tona as discussões sobre a judicialização da eleição da presidência da Assembleia Legislativa, um imbróglio jurídico que ainda promete capítulos decisivos. Paralelamente, a escolha dos novos conselheiros do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do representante do Quinto Constitucional no Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) se transformam em arenas de disputa, onde a influência política pesa tanto quanto – ou mais do que – os critérios técnicos e meritocráticos.
Nos partidos, o tabuleiro também se movimenta. O comando do PT no Maranhão será definido em um contexto de disputas internas que podem impactar alianças futuras. Já o PSD segue sem uma definição clara de quem ficará com o controle da sigla no estado, algo que deve impactar diretamente as eleições municipais e a sucessão estadual em 2026.
Outro fator que adiciona instabilidade ao cenário político maranhense é a situação de Josimar de Maranhãozinho. Agora réu no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado se vê acuado, o que pode comprometer seu poder de articulação e influenciar o xadrez político de lideranças que dependiam de sua força eleitoral.
No horizonte das disputas pelo Palácio dos Leões, o cenário segue indefinido, mas já com peças bem posicionadas. Felipe Camarão e Lahesio Bonfim se consolidam como pré-candidatos, enquanto nomes como Orleans Brandão e Eduardo Braide surgem como possibilidades que podem alterar o jogo.
No Senado, a corrida promete ser uma das mais acirradas dos últimos tempos. Além de Weverton Rocha e Eliziane Gama, que já estão na disputa, André Fufuca e Hilton Gonçalo entram no páreo. No entanto, um fator parece consenso nos bastidores: Carlos Brandão é visto como nome certo na disputa, o que pode redefinir alianças e estratégias na corrida pelo Senado.
Assim, enquanto a população retoma sua rotina após a euforia carnavalesca, a política maranhense entra em uma fase mais intensa. O jogo começa pra valer, e as peças se movimentam com a mesma lógica de sempre: interesses pessoais e partidários acima das necessidades da população. A questão que fica é se, para além da folia e dos acordos de bastidores, o Maranhão verá alguma mudança real – ou se, mais uma vez, tudo continuará como antes, apenas com novos protagonistas no mesmo velho roteiro.