Via Expressa de São Luís não existe mais e projeto para desafogar trânsito vira “dor de cabeça” para o poder público

Inaugurada oficialmente em 2014 pela ex-governadora Roseana Sarney, a Via Expressa de São Luís já não existe mais e já pode ser considerada apenas mais uma avenida da capital maranhense. Batizada de Joãosinho Trinta, a MA-207, surgiu para desafogar o trânsito ludovicense ligando as Avenidas Carlos Cunhas e Daniel de La Touche, e os bairros do Jaracati, Cohafuma, Vinais e Maranhão Novo de forma rápida.

Sim, a Via Expressa surgiu com status de rodovia rápida, algo muito comum na Europa, Estados Unidos, China, Japão e em alguns estados brasileiros, mas por falta de ação do poder pública e da consequente ocupação irregular de suas margens, ela se tornou uma avenida com limitação de velocidade a 60 km/h e com várias faixas de pedestres instaladas.

No Brasil, os principais exemplos são a Marginal Tietê em São Paulo e a Avenida Brasil no Rio de Janeiro. Em nenhuma dessas vias, ocorre a aplicação de faixas de pedestres, afinal o intuito é garantir a fluidez do trânsito.

O conceito de Via Expressa é definido da seguinte forma: é uma via de comunicação terrestre para tráfego de alta velocidade que tem muitas das características de uma autoestrada. Uma via expressa permite rápido acesso entre as regiões que a tal via expressa conecta. Porém, a ausência de cruzamentos faz com que o acesso entre uma avenida/rua e uma via expressa precise ser feito através de rampas especiais, que podem ocupar bastante espaço, cuja desocupação pode levar a demolir as construções existentes na área.

Porém em São Luís, nada disso está sendo mais cumprido, pelo contrário. Já foram instaladas na Avenida Joãosinho Trinta, placas de advertência e sinalização horizontal, que incluem faixas para travessia de pedestres e pintura indicativa de limite de velocidade máxima da via (60 km/h). Ainda será instalado pela SMTT equipamento de monitoramento de velocidade do tipo fixo (radar).

Obviamente que as medidas buscam evitar novos acidentes com pedestres que fazem a travessia na região. Os quais moram em residências ocupadas irregularmente. Evidenciando a total falta de ação do poder público.

Mas ainda assim que o problema social da falta de habitação seja ignorado e as moradias irregulares não fossem o problema, outras soluções poderiam ser dadas como a instalação de passarelas e paredes de acrílico, como já é feito no mundo todo e no Brasil.

A Via Expressa inaugurada em 2014 com quase 10 km de extensão, cinco pontes, dois viadutos, ciclovia e passeio urbano, já não existe mais. Fruto da ocupação urbana de forma irregular e falta de ação do poder público.

Agora seria mais justo chamá-la com seu nome original – Avenida Joãosinho Trinta – homenagem ao grande carnavalesco maranhense que morreu em dezembro de 2011.

1 thought on “Via Expressa de São Luís não existe mais e projeto para desafogar trânsito vira “dor de cabeça” para o poder público

  1. Essa avenida é um verdadeiro chiqueiro e o poder público tem deixado de lado a sua manutenção ,onde a iluminação é precária,muito lixo,canteiros largados ao relento que poderiam ser gramados,arborizados e molhados diariamente no verão, as ciclovias esburacadas e não pintadas. Outro problema existente e grave ,é a construção de grandes obras que estão acontecendo e que não dar para visualizar quem passa na avenida e a área pertencente ao estado e ao antigo Ipem. Uma boa parte desse local poderiam ser construídos casa e aptos para o servidor público,visto que ,o local pertence a eles e não a iniciativa privada. Acorda Carlos Brandão!O servidor precisa morar bem e não escondido no São Raimundo como queria Flávio Dino e lembro que o tempo passa rápido e as eleições para senador não demorará.

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