Educação pública municipal de São Luís agoniza

A precariedade da Educação Pública Municipal de São Luís é flagrante, beirando o caos. Desde 2013 os problemas das escolas da rede de ensino a cada ano pioram. Das 268 escolas que compõem o sistema de ensino do município, 80% passam por problemas graves de infraestrutura, privando alunos do direito constitucional básico do Ensino Fundamental.

São inúmeros os problemas que atingem a rede municipal de ensino. São escolas que sofrem com infiltrações e goteiras, crianças que precisam usar guarda chuvas dentro da sala de aula, salas insuportavelmente quentes, sem ventiladores e sem iluminação, faltam lâmpadas em quase todas as salas de aula de São Luís, muitas escolas estão liberando as crianças mais cedo por falta de merenda escolar ou por não ter água para os alunos beberem. As quadras de esportes estão inviabilizadas para o desenvolvimento das atividades visto as condições precárias de infraestrutura: alambrado enferrujado, piso cheio de buracos, goteiras, banheiros sem condição de uso. O mobiliário das escolas, a mesa do professor e as carteiras onde os alunos estudam estão em péssimo estado de conservação.

Hoje, temos uma grande quantidade de escolas que nem sequer iniciaram o ano letivo de 2017, e as que já estão em aula, o quadro de sucateamento do ensino é absurdo com professores que até hoje não receberam o diário de classe, que não tem um pincel para escrever no quadro, laboratório de informática sem utilização e ausência de bibliotecas.

Desde 2013, o Sindicatos dos Profissionais do Magistério de São Luís vem denunciando os abusos cometidos pela Prefeitura de São Luís que nega o direito da população ludovicense a uma educação pública de qualidade. Vários documentos com relatórios detalhados das condições das escolas municipais foram protocolados junto a Prefeitura de São Luís, à Secretaria de Educação de São Luís e ao Ministério Público e nada foi feito. Acidentes graves, como o desabamento do teto da Escola Darcy Ribeiro, no Sacavém, foram previstos pelo Sindeducação e as autoridades competentes nada fizeram para evitá-los.

“A cada ano constatamos que a educação de São Luís está retrocedendo. Desde 2014 , estamos  denunciando esses problemas que só aumentam. A educação de São Luís está agonizando e o Prefeito de São Luís, Edivaldo Holanda Junior, não está nem ai para esses problemas. Não observamos nenhum empenho para solucioná-los”, disse a presidente do Sindeducação, professora Elisabeth Castelo Branco.

Outro problema que demonstra a total falta de sensibilidade do Prefeito de São Luís para com os Profissional do Magistério é a negação dos direitos dos professores que depois de muita luta e sacrifícios foram conquistados ao longo do tempo. A Prefeitura de São Luís debocha do professor quando protela por mais de três meses uma resposta sobre o reajuste salarial da categoria, quando é necessário entrar em pauta de negociação as progressões garantidas por Lei para que o professor possa progredir na carreira. O direito da categoria é desrespeitado quando a Prefeitura de São Luís decide, de forma unilateral e sem nenhum tipo de negociação, não conceder o reajuste da categoria e ainda pedir que os professores se conformem diante de todos os problemas que a categoria vive, por conta da crise que o país atravessa.

“Fazer esse tipo de pedido a uma categoria esclarecida que é a responsável pela formação de crianças e adolescentes  é uma falta de respeito tremenda. Temos uma história de luta e nunca vamos nos acovardar em ir em busca dos nossos direitos que foram conquistados com muito suor e sangue. Se for necessário e com o apoio da categoria vamos até as últimas consequências para defender os nossos interesses. Sabemos que os recursos chegam e eles devem ser utilizados para os fins que são repassados”, disse a professora Elisabeth Castelo Branco.

3 thoughts on “Educação pública municipal de São Luís agoniza

  1. As pessoas que ajudaram Edivaldo a se releger têm culpa também, pois era notório sua inabilidade de gestão no que diz respeito a educação,,eu ouvia de professores da escola onde trabalho que iriam votar nele porque o “trabalho” tinha que continuar, se os próprios professores tinham esse pensamento tacanho imagina o resto da população que ignora o drama por qual passa as escolas governadas por esse rapaz.

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