João Alberto diz que pode rever seu voto a favor do relaxamento da prisão de Delcídio Amaral

Do blog do Aquiles Emir

O senador João Alberto de Souza (PMDB), que é presidente da Comissão de Ética do Senado, disse nesta segunda-feira (30), que, apesar de ter votado contra a prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS), na sessão de quinta-feira passada, isto não significa que não possa mudar de posição. De acordo com o senador, seu voto em plenário foi técnico, isto é, estava baseado na Constituição Federal, que veda a proibição de parlamentares, após a diplomação, a menos que seja em flagrante, o que não foi o caso, apesar da alegação dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) de que se tratava de um flagrante continuado.

João Alberto disse ainda que a votação se deu ainda no calor das emoções, quando no Congresso Nacional ainda havia um clima de perplexidade pela prisão do senador, e naquele momento queria ter certeza de que houve um delito por parte de Delcídio, que era líder do Governo no Senado. Segundo ele, faltou uma perícia atestando que as vozes contidas na gravação eram realmente das pessoas citadas, se se tratava realmente de uma negociação e outras questões, porém como o próprio senador, em depoimento à Polícia Federal, admitiu ter participado do encontro com advogados e parentes de Nestor Cerveró, ex-diretor da Petrobras, a quem seria dado fuga, então ele pode rever sua posição, mesmo não podendo mais mudar o voto.

João Alberto não acredita que Delcídio seja cassado, pois certamente terá amadurecimento suficiente para renunciar antes da abertura de um processo contra ele. Até hoje, apenas dois senadores foram cassados pelos próprios colegas: Luiz Estevão, do Distrito Federal, e Demóstenes Torres, do Goiás. Todos os demais casos foram encerrados com a renúncia dos implicados: Jader Barbalho (Pará), Antônio Magalhães (Bahia), José Arruda (Distrito Federal) etc.

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