Sarney acredita em “vingança” de Janot por inclusão do nome de Roseana em investigações
Correio Braziliense
Seguindo a linha adotada por Renan Calheiros e Eduardo Cunha, o ex-senador José Sarney (PMDB-AP) também subiu o tom contra o Ministério Público Federal. O ex-presidente acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de incluir o nome da ex-governadora Roseana Sarney na Lava-Jato como forma de “vingança”. Segundo Sarney, quando era presidente do Senado, em 2009, a Casa recusou a inclusão do nome do procurador Nicolau Dino, irmão do governador Flávio Dino (PCdoB), no Conselho Nacional do Ministério Público. O ex-presidente da República criticou o MP em artigo publicado na edição de ontem do jornal O Estado do Maranhão, de sua propriedade.
Flávio Dino derrotou o grupo político de Sarney nas eleições do ano passado. Janot só assumiu a PGR em setembro de 2013, ou seja, quatro anos após a negativa do Senado a Nicolau. “Um cabeça coroada do órgão, cérebro e braço direito do dr. Janot, foi recusado para o CNMP pelo Senado. Agora, o dr. Janot, em solidariedade ao colega, coloca mal a instituição MP. Como vem fazendo desde a última eleição, quando pediu intervenção federal no Maranhão e perseguiu a governadora Roseana Sarney no episódio de Pedrinhas, resolve vingar-se de mim, atribuindo-me a culpa pela recusa do amigo”, disparou o senador.
Sarney diz que não teve qualquer responsabilidade na negativa do Senado à indicação de Nicolau Dino. “Eu não votei, não presidi a sessão que recusou seu nome, e nem sabia da votação. Agora, o dr. Janot, na sua escolha da lista dos destinados autos de fé, inclui Roseana nessa cloaca”, criticou. O político afirma que a filha “está amargando o fel da vingança, uma mistura de ódio e política.”