Toda segunda é um recomeço e como acredito que recomeços devem ser tratados com menos intensidade, busquei iniciar a semana com um texto bem mais leve que a habitual tortuosa política. Em tempos de Copa do Mundo, não resta muitas opções aos veículos de comunicação, se não, esgotar o assunto – nem a campanha eleitoral, ganha tanta atenção. Diante disto é natural que o assunto futebol e Neymar não sejam os únicos a serem explorados.

Infraestrutura, turismo, cultura, gastronomia e até o amor acabam virando tema de matérias e reportagens dos impressos, portais, rádios e tv´s. E foi esse último tema que me chamou atenção ao ler um material de uma jornal paulistano. Com o título “Gringos e brasileiros vivem amor de Copa”, o jornalista Thiago Queiroz relata como alguns casais se formaram nos últimos dias.

Lá tem os exemplos de um holandês e uma brasileira, e também de uma australiana com o brasileiro. Estes são apenas representantes de uma parcela amostral, afinal eventos grandiosos como a Copa do Mundo são excelentes oportunidades para se apaixonar, uma vez que a paixão é algo intenso e com curto prazo de duração. Pelo menos é o que afirmam os teóricos que se arriscam a estudar o tema e até mesmos os leigos que dizem já ter vivido tal experiência.

Sabedor disso e respaldado numa fala de uma psicóloga, ele joga para o leitor, a questão da sobrevivência dos romances. Ora é óbvio que relacionamentos podem resistir a distância, mesmo que estes estejam separados por oceanos, mas é muito mais provável que esses “amores” em tempos de Copa não superem nem a troca de fusos horários.

Isto é natural e não é imaginar um cenário apocalíptico para o amor “da Copa”. Assim como no período da campanha eleitoral, o eleitor vive paixões pelos seus candidatos, briga, bate e apanha. Isto ocorre em alguns casos, assim como no caso dos relacionamentos amorosos que estão surgindo na Copa. Mas existem aqueles que mantém os pés no chão e sabem que estão apenas aproveitando o momento.

Os amores da Copa, assim podem ser chamados, pois eles são reais, intensos e verdadeiros, mesmo que ele só tenham durado, até a eliminação da seleção do país daquele rapaz ou garota que vieram ao Brasil. E não é nosso país que favorece isso, na Rússia (2018) e no Catar (2022) vai ocorrer a mesma coisa. Mas devemos registrar que cenários como o do nosso país, favorecem muito para estes acontecimentos.

O leitor já deve tá confuso com tanta tentativa de comparação entre amor, Copa, paixão, intensidade e seleção, mas afinal tudo isso é tão confuso, quanto falar do tema. Por isso não faz sentido condenar os apaixonados da Copa e nem exalta-los, afinal isto pode ser nada menos que o sonho de uma noite de verão em terras brasileiras.

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