Fernando Sarney é reeleito vice-presidente da CBF e garante 21 anos a frente da entidade

Espn* – Com edições

Candidato único, Marco Polo del Nero foi eleito presidente da CBF nesta quarta-feira (16), em eleição realizada na Assembleia Geral da entidade, no Rio. O atual presidente da Federação Paulista de Futebol sucederá José Maria Marin, seu aliado político, com mandato de quatro anos, a partir de abril de 2015. Junto com ele foi reeleito Fernando Sarney como vice-presidente da região Norte.

O atual presidente da CBF, José Maria Marin, será um dos vice-presidentes de Del Nero, representando a região Sudeste. Os outros vices são Marcus Vicente, da Federação do Espírito Santo (Centro-Oeste), Gustavo Feijó, da Federação Alagoana (Nordeste), e Delfim Peixoto, da Federação Catarinense (Sul).

Histórico


Que José Sarney é um dos nomes mais longevos da política brasileira, todo mundo sabe. Afinal, o ex-presidente da República está na vida pública desde 1954, quando foi eleito suplente de deputado federal – portanto, há 60 anos. Agora, quem parece seguir seus passos é seu filho, Fernando Sarney, que caminha para se tornar o cartola mais longevo da CBF (Confederação Brasileira de Futebol).

O filho de Sarney permanecerá como vice-presidente da Região Norte, cargo no qual está desde 2004, quando Ricardo Teixeira ainda era o mandatário da entidade. Se ficar até o final do mandato de quatro anos, que começa em 2015 e vai até 2019, Fernando completará 21 anos de CBF.

Explica-se: antes de ser eleito vice, em 2004, Fernando já era ligado à entidade máxima do futebol brasileiro em outros cargos. Sua relação com a organização começou em 1998, quando ele assumiu como Diretor de Relações Governamentais (ou Institucionais) da CBF. O filho de Sarney, portanto, está ligado ao órgão controlador do futebol nacional há 16 anos.

Nos tempos de diretoria, porém, Fernando não era remunerado pelos serviços prestados. A situação mudou em 2013, quando José Maria Marin, que assumiu no lugar de Ricardo Teixeira após a renúncia do ex-presidente, passou a pagar R$ 10 mil mensais aos vices, sob título de “verba de representação”.

“Esse cargo (de Diretor de Relações Governamentais) era simbólico, praticamente fictício. Eu era apenas um consultor, alguém que ajudava. Não participava de nenhuma decisão importante. Passei a ser mais atuante depois de 2004, quando fui eleito vice-presidente, na gestão do Ricardo (Teixeira)”, explica Fernando Sarney, ao ESPN.com.br.

Fernando, aliás, por pouco não ficou de fora da chapa da situação na eleição da CBF. Foi pedido que ele abrisse mão do cargo, mas, com a desistência de Francisco Noveletto de formar um bloco de oposição (já que Del Nero tem apoio de 23 das 27 Federações Estaduais), o filho de José Sarney seguirá como vice da Região Norte.

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