Edson Vidigal: “Eu ainda não estou em uma postura de oposição”

Sumido do cenário político desde agosto de 2014, quando pediu renúncia à candidatura de deputado federal, Edson Vidigal tem voltado ao noticiário político local por supostamente estar buscando uma reaproximação com o ex-presidente José Sarney (veja aqui e aqui). O ex-ministro do Superior Tribunal de Justiça atualmente leva uma vida tranquila e ainda cheio de sonhos a realizar, por isso diz passar a alheio as “maldades” que estão sendo “plantadas” em relação ao seu nome.

Provocado a comentar algo sobre o atual governo Flávio Dino (PCdoB), Vidigal diz que não poderia manifestar nenhuma opinião no momento. Questionado sobre a possibilidade disto ser um sinal de estar ali um opositor a gestão estadual, o ex-ministro de pronto, respondeu: “eu ainda não estou em uma postura de oposição”. Ele ainda lembra que o executivo estadual não tem uma verdadeira oposição, mas sim “grupamentos com interesses aliados” e que o papel a ser exercido para quem busca contrapor idéias, deve ter características de fiscalizador, denunciante e principalmente de sugerir propostas, além de permanecer aberto para o diálogo.

Edson Vidigal argumentou que ainda não tem condições de avaliar o governo estadual, pois segundo o próprio explicou: “não tive a honra de conhecer o plano de governo”. O ex-presidente do STJ diz que seria prematuro avaliar uma administração pública antes mesmo de completar um ano no pleno exercício, ali-se a isso o fato dele não saber o que foi prometido e idealizado para esta gestão, sendo assim ele explica que fica complicado fazer qualquer avaliação.

Em pleno exercício da advocacia diz que não ter pretensão política alguma no momento, apesar de sempre ser lembrado e questionado sobre qual cargo vai disputar na próxima eleição. Vidigal lembra que desde a disputa de 2006 para governador do Maranhão vem sendo lembrado para ocupar cargos eletivos, seja no executivo ou no legislativo, mas o ex-ministro explica: “o exercício do cargo pelo exercício não me apetece”.

Ele ainda aproveitou para emendar, imaginando uma possível pergunta sobre uma eventual participação no governo Flávio Dino. “Se não servi para colaborar na campanha (elaboração do plano de governo), logo não sirvo para compor o governo”, completou.

Vidigal atualmente se divide entre as cidades de São Luís, Caxias (cidade natal), Brasília e São Paulo e diz manter as práticas que mais lhe motivam em continuar vivendo: escrever, pensar e advogar.

Nota do jornalista: Em uma conversa de quase três horas, Edson Vidigal discorreu sobre muitas histórias, análises e planos para o futuro. Material este que será dividido em três fases, a primeira apresentada nesta postagem, a segunda em uma nova publicação no próximo domingo (29) neste blog e um material ampliado na próxima edição (dezembro) da revista Maranhão Hoje.

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