Projeto de biossensores para a detecção de câncer de próstata da Universidade Ceuma será financiado pelo CNPq e FAPEMA

Alunos do curso de Biomedicina, Medicina, Administração, Enfermagem e acadêmicos de mestrado e doutorado da Universidade Ceuma e instituições parceiras estão trabalhando em um projeto inovador para a área da saúde. Trata-se do desenvolvimento de biossensores para a detecção do câncer de próstata. A proposta é utilizar produtos com baixo custo associando enzimas à base de carbono para a detecção rápida da doença que só no Maranhão tem uma taxa estimada de 56,47 casos para cada 100 mil homens, segundo o Instituto Nacional do Câncer – INCA.

A pesquisa baseia-se no desenvolvimento de um biossensor sensível a detecção de um novo biomarcador, o Gene PCA3, que é superexpresso em homens com câncer de próstata. E, a partir dessa detecção, produzir um dispositivo de fácil utilização dando à medicina uma nova oportunidade de diagnóstico rápido.”O dispositivo será utilizado para termos uma avaliação conclusiva e segura no diagnóstico do câncer de próstata, podendo identificar até a pré-disposição desse paciente antes mesmo do surgimento dos primeiros sintomas”, ressaltou a professora Tatiana Barreto.

O projeto que será desenvolvido no Laboratório de Eletroquímica e Biotecnologia é supervisionado pelo prof. Dr. Paulo Villis (coordenador da Propriedade Intelectual e docente do Mestrado em Meio Ambiente) e co-coordenado pela professora Dra. Tatiana Maria Barreto de Freitas que também é pós-doutoranda do projeto. Ainda integram a pesquisa, a Dra. Rita de Cassia Mendonça de Miranda, o Dr. Luís Cláudio Nascimento da Silva, Dr. Othon de Carvalho Bastos Filho, Dr. Marcos Moura Silva, Dr. Thiago da Cruz Canevari (Universidade Presbiteriana Mackenzie, SP), Dra. Leliz Ticona Arenas (UFRGS-RS), o doutorando Rodrigo Blasques (UFcar, SP) e o professor Pádua Souza, Médico urologista.

A Pesquisa é financiada pela CNPq e FAPEMA e os recursos são no valor de mais de meio milhão de reais. Segundo o coordenador da pesquisa, professor Paulo Villis, “O Projeto foi aprovado no Edital Inovagrafeno do CNPq. Na classificação do resultado teve a nota final 9,19 ficando em 3° lugar. Concorremos com vários pesquisadores de renome nacional e internacional”, pontuou o coordenador.

Rodrigo Vieira Blasques pontuou sobre a importância que o projeto trará à sociedade, “a pesquisa com a verificação de novos materiais para o desenvolvimento de biossensores objetiva trazer novas ferramentas de detecção simples para análises clínicas substituindo ou auxiliando as já existentes, como o exame antígeno PSA, e o toque retal podendo evitar cerca de dois terços de biópsias desnecessárias. Assim, estes novos dispositivos permitirão uma maior acessibilidade a população baixa renda e em lugares pouco desenvolvidos, melhorando também a qualidade de vida das pessoas”, concluiu o doutorando.

Para a medicina será um grande avanço visto que a população masculina não busca os serviços de saúde preventivos, mas só quando está em estágio avançado. “Também é previsto na pesquisa o estímulo ao cuidado preventivo da população masculina devido aos diversos tabus que existe sobre a saúde do homem”, ponderou Tatiana Barreto.

O Projeto encontra-se na etapa inicial de síntese do nanocomposto que fará parte do eletrodo para composição do dispositivo. Em paralelo, será realizado o isolamento do gene de interesse para após o início dos testes nos pacientes.

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