Historiador maranhense defende mudança do nome de Teatro Arthur Azevedo para Teatro Apolônia Pinto

O historiador Diogo Guagliardo Neves, um dos mais ativos nas redes sociais, fez uma defesa pública da mudança do nome do principal Teatro de São Luís, o Teatro Arthur Azevedo, mundialmente conhecido por sua beleza arquitetônica. De acordo com o professor, o templo da cultura maranhense deveria se chamar Teatro Apolônia Pinto, uma homenagem a maior atriz brasileira do século XIX.

Diogo apresenta seus argumentos para sugerir tal mudança:

“Nascida na capital maranhense a 21/06/1854, nas dependências do então “Theatro São Luiz”, atual “Teatro Arthur Azevedo” (1854-1908), outro maranhense contemporâneo a ela e teatrólogo. A mãe de Apolônia era atriz portuguesa, e o camarim onde ocorreu o parto é hoje designado como o “Camarim n. 1”.

Estrearia em 1866, na mesma casa de espetáculos onde nascera. No começo de 1870, estreou na Corte Imperial com a peça “A Morgadinha de Val Flor”. Nesse mesmo ano interpretou Margarida, em “O Fausto”.

Encantando a capital do Brasil Imperial, alcançou fama entre 1872 e 1877, executando vários papéis, dentre eles o de Luísa em “O Primo Basílio”, de Eça de Queiroz, Suzana, em “A Cavalaria Rusticana”, Mercedes, em “O Conde de Monte Cristo,” de Alexandre Dumas.

Excursionaria pelo Norte do Império em 1879. Em 1882, organizou sua primeira empresa no Rio de Janeiro, no “Theatro Lucinda”. Foi primeira atriz nas companhias mais importantes do país, além de se apresentar no exterior.

Mesmo idosa, continuava atuando, como em “Flores e Sombra”, de 1930. O compositor conterrâneo Catullo da Paixão Cearense (1863-1946) escreveu a valsa “Apolônia Pinto”, em sua homenagem. Foi casada com o ator Germano Alves.

Passou seus últimos dias no Retiro dos Artistas, no Rio de Janeiro, e faleceu a 24 de novembro de 1937, aos 83 anos. Seus restos mortais foram transferidos para o Teatro Arthur Azevedo, onde há um memorial.

O historiador Diogo Guagliardo Neves acredita ser uma injustiça histórica que o teatro onde nasceu e onde estão seus despojos não leve seu nome, privilegiando um homem, apesar de importante, nada ter a ver com ele. Mais correto era ser designado de “Teatro Apolônia Pinto” (nome de um pequeno palco no Museu Histórico e Artístico do Maranhão, que nenhuma relação guarda com sua trajetória)”.

1 thought on “Historiador maranhense defende mudança do nome de Teatro Arthur Azevedo para Teatro Apolônia Pinto

  1. Não tem base um negócio desse.
    Cria-se um novo teatro e coloca o nome da mulher.
    Um sujeito que defende a volta da monarquia, nada pode ser mais anacrônico.

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