Derrotados em disputa pela Prefeitura de São Luís em 2020 buscam ascensão política

É comum a cada quatro anos, um ou dois nome despontarem com uma grande votação para deputado federal ou estadual, após uma derrotada na disputa pela Prefeitura de São Luís. Recentemente dois exemplos de explosões de votação, Eliziane Gama e Eduardo Braide, enchem de esperança aqueles que aventuram na disputa municipal. Os dois citados inclusive encontram-se em outro patamar político atualmente: a primeira é senadora e o outro chegou ao Palácio de La Ravardiere, mas a fórmula não é mágica e existem casos de fracassos eleitorais sucessivos.

Um levantamento feito pelo Blog Diego Emir, mostra que de 2000 a 2016 dos 32 nomes que disputaram a Prefeitura de São Luís mais da metade não obteve sucesso nas disputas seguintes. Obviamente, o maior número vem de nomes de partidos nanicos como PSTU, PSOL, PRTB e outros, mas existem casos emblemáticos de políticos que tentaram usar a disputa municipal de trampolim político.

Zé Antônio Almeida não se elegeu a mais nada depois de disputar a Prefeitura de São Luís em 2000

Em 2000, dois derrotados obtiveram sucessos eleitorais logo em seguida: Castelo foi eleito deputado federal e Helena Heluy estadual em 2002. Os outros quatro fracassaram, destaque para José Raimundo que teve uma votação pífia para estadual e Antônio Almeida que nunca mais obteve êxito nas urnas, nem com o filho Maurício Almeida.

Em 2004, apenas Luiz Noleto do PSTU pode ser considerado derrotado pós-eleição. Pois, Castelo do PSDB não obteve êxito na eleição subsequente do Senado em 2006, mas em 2008 venceu para prefeito de São Luís; Ricardo Murad, Helena Heluy e Edivaldo Holanda Braga foram eleitos deputados estaduais em 2006.

Após o sucesso dos derrotados em 2004, muitos entraram na disputa de 2008 e mais uma vez a minoria não teve sucesso eleitoral subsequente, destaque para Clodomir Paz que mesmo com status de candidato do prefeito Tadeu Palácio, não conseguiu nem chegar ao segundo turno e desde então vive o ostracismo político. Os demais derrotados conseguiram renovação de mandato de deputado federal e estadual – Waldir Maranhão, Pedro Fernandes, Cléber Verde, Gastão Vieira e Raimundo Cutrim – e Flávio Dino virou governador do Maranhão, seis anos mais tarde.

Eliziane foi um fenômeno, após duas derrotas para prefeita de São Luís

Em 2012, inicia o momento de explosões e derrocadas de nomes daqueles que foram derrotados para prefeito de São Luís. Eliziane Gama se torna a mulher mais bem votada para deputada federal do Maranhão em 2014 e Castelo volta a ser deputado federal, mas com uma votação discreta. Já Haroldo Saboia, Tadeu Palácio e Washington Luiz tiveram essa disputa como a última.

A eleição de 2016, volta a promover um fenômeno nas urnas: Eduardo Braide alcança uma votação avassaladora para federal após ser derrotado para prefeito de São Luís. Eliziane Gama ressurge como senadora, após terminar em quarto na disputa e Wellington Curso consegue renovar o mandato de deputado estadual com uma discreta votação. Já Zeluis Lago, Fábio Câmara e Rose Sales fracassaram nas disputas subsequentes e amargam derrotas até mesmo para vereador, cargo este que projetou Câmara e Sales.

Duarte é o nome mais forte para 2022

Para 2022, muitos dos derrotados em 2020, apostam que vão ter uma votação explosiva, mas os exemplos apresentados servem como alerta. A exceção fica por conta de Duarte Júnior, que é cotado como forte candidato a deputado federal, não só por ter chegado ao segundo turno, mas pela consistência do seu trabalho como deputado estadual e por manter o apoio que tem do governador Flávio Dino.

Já Neto Evangelista, Yglesio e Rubens Júnior vivem o fantasma de acabarem saindo derrotados nas urnas, após vitórias sucessivas na disputa proporcional.

Neto é o caso mais emblemático. Surgiu na política já com status de grande político, após a morte do seu pai, João Evangelista. Porém, nunca conseguiu ascender do cargo de deputado estadual que ocupa desde 2011 quando “recebeu como herança”. Agora vive o dilema de disputar a vaga de federal ou tentar permanecer no parlamento estadual. Ele não conseguiu manter o apoio forte do seu padrinho político – Weverton Rocha – e passa um momento apagado na política maranhense. Além da derrotado de 2020, ele já tinha sido derrotado para vice-prefeito em 2012.

Yglesio é outro que disputou a Prefeitura de São Luís graças as artimanhas de Weverton Rocha que sonhava manter o controle do Palácio de La Ravardiere. Se elegeu pelo PDT em 2018, logo “rompeu” e foi para o PROS, e agora foi buscar abrigo exatamente com o adversário – Carlos Brandão – do seu antigo padrinho político. O médico vai buscar no PSDB, a sobrevivência política.

Rubens vive a insegurança de ficar sem mandato a partir de 2023

Para fechar o trio de desiludidos com Weverton Rocha tem Rubens Júnior, que arrotava em alto e bom som, que não disputaria mais a reeleição de deputado federal em 2022. Entregou as bases, confiou no pedetista e achava que seria ungido prefeito de São Luís ao colar sua imagem a Flávio Dino e Lula. Para 2022, não terá mais o discurso de dizer que sempre foi do PCdoB (já não era mesmo), e corre sério risco de ficar sem mandato. De alguma forma, ele tenta ser candidato a vice de Brandão ou suplente de senador de Flávio Dino, mas não descarta uma tentativa de reeleição para federal. O filho de Rubão acumula vitórias para estadual em 2006 e 2010 e federal em 2014 e 2018.

Outros dois derrotados são franco-atiradores: Jeisael Marx que deve concorrer a algum cargo e Silvio Antônio vai buscar o mandato de deputado federal, representando a ala conservadora do presidente Bolsonaro.

Quanto a Bira do Pindaré, ele deve fazer o dever de casa e renovar seu mandato de federal. Por fim, Hertz e Franklin Dias não devem concorrer a nada e se testarem seus nomes nas urnas, não demonstram ter muito apetite eleitoral.

Derrotados na disputa de São Luís desde 2000 que não obtiveram êxito eleitoral e não foram citados:

Valdeny Barros – PSOL – 2016
Claudia Durantes – PSTU – 2016
Marcos Silva – PSTU – 2000 e 2012
Ednaldo Neves – PRTB – 2012
Welbson Madeira – PSTU – 2008
Paulo Rios – PSOL – 2008
Luiz Noleto – PSTU – 2004
Clovis Savalla – PRTB – 2000

4 thoughts on “Derrotados em disputa pela Prefeitura de São Luís em 2020 buscam ascensão política

  1. Resumindo: a mamada é boa e por isso essa turma busca sempre se eleger ou reeleger algum cargo político. Todas as pessoas que eu conheço e que são eleitores costumo recomendar que não votem em quem busca reeleição, sugiro-lhe que busque alternativas que tentam o primeiro mandato.

  2. Diego vc demonstra ser um cara inteligente, não sei o pq de tanta gente acreditar nesse Duarte Júnior, pra mim ele é um tremendo malandro.

  3. Tu agora deu pra ser a nova mãe Dinah? Faz prédicas e previsões, dá certeza do fracasso político dos teus desafetos e a do êxito do teu apaniguado. Rapaz que que isso? Tua visão tá muito monocrática, visão de antolho.
    Tanta babação que o beiço revira. Teu beiço vai bater nos peitos.

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