Crianças vão ao Centro Cirúrgico envolvidas em um ambiente lúdico

Que tal virar o Homem-Aranha, pegar seu Batmóvel e partir para resolver um caso complicado no Centro Cirúrgico? Esse foi o mundo imaginário que envolveu as crianças internadas na Unidade Materno Infantil do Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA) na manhã desta segunda, 07. Tudo para que os pequenos guerreiros enfrentassem a angústia e os efeitos negativos de passar por uma cirurgia.

Trata-se do projeto Brinquedoterapia, uma iniciativa da Liga Acadêmica de Assistência Pré-operatória (LAAP) da UFMA em parceria com o Centro Cirúrgico Infantil, desenvolvido com o apoio da Divisão de Apoio Diagnóstico e Terapêutico (DADT) do HU-UFMA. A atividade consiste em mostrar de forma lúdica o processo de preparação para a cirurgia com a encenação de profissionais fantasiados. Logo na entrada, a Palhaça Girassol, recebia a todos com um sorriso largo no rosto e ressaltou a importância desse momento. “Precisamos humanizar o atendimento aos pacientes cirúrgicos e esta é uma forma de transformar um momento de dor em um momento de amor”.

Modificar a rotina vivida pelos pacientes pediátricos dentro de uma unidade hospitalar, como forma de esquecer um pouco a dor e o sofrimento decorrente dos procedimentos que precisam se submeter. Esse é o objetivo maior do projeto Brinquedoterapia, promovido pela Liga Acadêmica de Assistência Pré-operatória, coordenada pela professora do Departamento de Enfermagem Poliana Rabêlo, para os pequenos pacientes a Palhaça Girassol.

Ela explicou como a Liga Acadêmica desenvolve suas atividades. “A gente trabalha a parte da humanização do atendimento aos pacientes cirúrgicos e este ano, de modo especial, participamos de oficinas para humanizar a assistência às crianças cirúrgicas. Fizemos capacitações com todos os funcionários e tivemos o apoio da gestão da Unidade de Cirurgia e Recuperação Pós Anestésica que participa conosco ativamente”.

Danielle Santos, chefe do Setor de Apoio Terapêutico do HU-UFMA e preceptora da LAAP, destacou os benefícios desse tipo de atividade. “A humanização da assistência pela equipe de saúde com o paciente pediátrico pode possibilitar à criança a redução da ansiedade e do medo do desconhecido. E também proporcionar mais segurança em relação ao tratamento, tanto para a criança quanto para seus familiares e acompanhantes. O cuidado humanizado e individualizado à criança durante seu período de internação deve envolver respeito, atenção e segurança”.

Já a chefe da Unidade de Cirurgia e Recuperação Pós Anestésica, Nádia Alessa de Moura, falou do impacto que um procedimento cirúrgico pode ter na vida de um paciente pediátrico. “A cirurgia pode ser uma experiência bastante traumática para a criança, que possui recursos cognitivos limitados para compreender o que acontece com ela e lidar com situações geradoras de estresse. Dar a ela a oportunidade de brincar é uma das estratégias que podem amenizar os efeitos negativos dessa experiência”.

Paulo Roberto Oliveira, 33, pai de Nicolas Gabriel, 05, que estava sendo submetido a um procedimento cirúrgico, participou de todo o acolhimento do seu filho e disse o que achou da ação. “Eu gostei. Achei interessante porque a criança distrai um pouco. E meu filho gostou bastante e acabou entrando no Centro Cirúrgico feliz e sem medo”. 

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