Atuação de falsos oftalmologistas é descoberta no Centro de São Luís


Diversos equipamentos que estavam sendo usados por falsos médicos foram apreendidos por delegados e policiais do 1º Distrito Policial na manhã desta segunda-feira (2), em São Luís. A denúncia partiu da Associação Maranhense de Oftalmologia (AMO), que descobriu a atuação criminosa de três pessoas que se diziam médicos e atuavam como oftalmologistas.

Os falsos médicos atendiam a população nas instalações de uma Igreja no centro da cidade. O caso chegou ao conhecimento da polícia após atuação profícua do corpo jurídico do escritório Anna Graziella Neiva Advocacia.

Conforme o escritório, desde o mês de julho a Associação Maranhense de Oftalmologia vinha recebendo denúncias de que falsos médicos estavam desemprenhando a função de oftalmologistas nos bairros São Francisco e Centro. Essas pessoas não têm formação médica, razão pela qual não podem se apresentar como oftalmologistas por não possuírem CRM, ou seja, não cursaram Medicina.

A AMO contatou o escritório para a atuação jurídica e apuradas as denúncias, o escritório entrou em contato com a Superintendência de Polícia da Capital e com os delegados do 1º DP, Drs. Walter Carlito e Luigi Conte, responsáveis pela área do Parque do Bom Menino. Os delegados averiguaram as denúncias e agiram contundentemente em uma operação extremante exitosa.

Os falsos médicos atraem a população menos esclarecida e vulnerável com o apelo de que as “consultas” são gratuitas. Na verdade, estão sempre atrelados a alguma Ótica. Após o “atendimento” de fachada, os pacientes são pressionados a comprar óculos que custam entre R$ 500 a R$ 600.

Muitas vezes, os óculos nem são realmente necessários. O pior é que os pacientes acabam não procurando um profissional da Oftalmologia para uma verdadeira consulta, tirando a chance de serem diagnosticados, precocemente, com doenças graves que podem levar até mesmo à cegueira.

A prática tem ficado cada vez mais frequente e ousada e os impostores estão exercendo ilegalmente a Medicina não mais em bairros distantes ou no interior do Estado, mas também no centro da cidade. Por essa razão, a Associação Maranhense de Oftalmologia deu início a uma campanha de conscientização, para evitar que mais pessoas caiam no golpe.

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