DEM caminha para voltar a ser gigante e quebra hegemonia do MDB no Congresso

A vitória de Davi Alcolumbre (DEM-AP), neste sábado (2), quebrou uma hegemonia de domínio do MDB no Senado Federal que já durava 18 anos. Passando por Jader Barbalho, Ramez Tebet, José Sarney (três mandatos), Renan Calheiros (três mandatos), Garibaldi Alves e Eunício Oliveira, nenhum outro senador até então tinha conseguido tirar os emedebistas do comando da Mesa Diretora. A vitória significa muito mais que uma imposição de derrota ao MDB, mas sim mostrar que o DEM está caminhando para voltar a ser gigante, remontando os tempos do PFL.

Por anos, o Democratas desde o seu processo de “refundação” em 2007, quando abandonou o nome Partido da Frente Liberal, ainda sob comando do caudilho Jorge Bornhausen, sofreu muito com a inanição, chegando ao risco de até desaparecer, cogitando uma fusão com outras legendas como o PPS.

O Democratas chegou a um determinado ponto que sua posição de maior destaque era ocupada através de ACM Neto como prefeito de Salvador. Mas com a ascensão de Michel Temer (MDB), a presidência e a derrocada de Eduardo Cunha (MDB), na Câmara Federal, Rodrigo Maia aproveitou a oportunidade e colocou o partido no centro do poder novamente.

De partido apêndice do PSDB nos últimos anos, o DEM agora caminha para comandar o processo eleitoral no país. A sigla ocupa três ministérios (Casa Civil, Saúde e Agricultura), a presidência da Câmara Federal e o Senado Federal.  Ainda governa os estados de Goiás através de Ronaldo Caiado e Mato Grosso com Mauro Mendes.

No Maranhão, o partido trocou o comando sarneysta e agora é aliado do governador Flávio Dino (PCdoB), voltando a ser grande. Porém é necessário lembrar que ainda como PFL, o DEM governou o estado entre 1990 a 2004, através de João Alberto, Edison Lobão, Roseana Sarney (duas vezes) e Zé Reinaldo Tavares.

No período em que os principais membros do antigo PFL migraram para o MDB, o DEM praticamente desapareceu no Maranhão. Sob comando de Clóvis Fecury, o partido fazia apenas figuração no cenário político local.

Mas desde que houve a mudança de rota e em uma articulação envolvendo o senador Weverton Rocha, o DEM passou a ser comandado por Juscelino Filho, que tornou o partido em um grande partido no estado com quatro deputados estaduais, representação na Câmara Federal, prefeitos e ocupando importantes espaços na administração estadual.

Tamanho o crescimento do DEM no estado, que o partido ambiciona até comandar a Prefeitura de São Luís, os nomes de Felipe Camarão e Neto Evangelista estão sendo cotados para a disputar o Palácio de La Ravardiere em 2020.

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