Assim como foi com Castelo e Eliziane, plano de Zé Reinaldo pode ser simplesmente enfraquecer pré-candidatura de Roberto Rocha

Os fatos falam por si só e sugerem que Zé Reinaldo Tavares (PSDB), agiu como um agente infiltrado para fragilizar candidaturas que não interessava aos comunistas nos últimos anos. Assim foi em 2012 com João Castelo (falecido) e 2016 com Eliziane Gama (PPS), ambos derrotados na disputa da Prefeitura de São Luís. Agora em 2018, mesmo filiado no partido de Roberto Rocha, pré-candidato ao Governo, o ex-governador faz de tudo para atrapalha-lo e causar embaraços.

Antes de entrar em 2018, vamos relembrar os fatos de 2012 e 2016. Zé Reinaldo assumiu no último ano da gestão Castelo, o cargo de secretário de Governo, uma espécie de Chefe da Casa Civil municipal. Ao longo da pré-campanha, ele afirmou de forma incessante que o principal adversário era Washington Luiz, candidato apoiado pela ex-governadora Roseana Sarney.

Focando na candidatura petista, João Castelo foi sendo minado e perdendo partidos que estiveram com ele ao longo de quatro anos de gestão, cita-se PDT, PTC e outros. Nem o PSB, partido de Zé Reinaldo na época apoiou o prefeito, que foi para disputa com o singelo apoio do PMN e PRP, algo pífio para um gestor investido do cargo. Ao fim da disputa, o tucano foi derrotado por Edivaldo Holanda Júnior. Zé Reinaldo então avaliou que fez uma leitura equivocada da eleição na capital. Washington Luiz terminou em quarto e nunca nem chegou a ser um problema aos líderes da disputa.

Já em 2016, determinado a ajudar eleger Eliziane Gama, Zé Reinaldo Tavares era o principal conselheiro da deputada federal que despontava em primeiro lugar e favorita na disputa eleitoral. Quando a parlamentar teve a oportunidade de migrar para o PSB e estar em um grande partido na corrida pelo Palácio La Ravardiere, o ex-governador desaconselhou Eliziane fazer a migração, afinal seria um desrespeito ao então pré-candidato Bira do Pindaré.

Sensibilizada pelos pedidos de Zé Reinaldo e por pressões distintas, Eliziane Gama desistiu do PSB, partido este que já apresentava na direção nacional como a próxima prefeita de São Luís. Com a desistência da deputada federal, Tavares passou a ser um incentivador da pré-candidatura de Bira, muitos apostavam que a postura significaria um rompimento com Flávio Dino. No fim da disputa, Eliziane Gama terminou com 6% e o ex-governador sumiu durante a campanha.

Agora em 2018, Zé Reinaldo rompe com Flávio Dino e surge como aliado de Roberto Rocha, com quem sempre teve atritos públicos. Porém, mesmo assim o senador abriu as portas do PSDB para salvar o sonho de ser senador de Tavares.

Porém, filiado ao PSDB, Zé Reinaldo foge das reuniões partidárias, não participa das agendas do PSDB, incentiva a pré-candidatura de Eduardo Braide e ainda escolhe seu suplente que tem claras vinculações com o governador Flávio Dino (PCdoB).

De acordo com informações obtidas, inclusive foi o próprio Zé Reinaldo responsável pelas tratativas entre Fábio Gentil (prefeito de Caxias) e o governador Flávio Dino, para que ambos estivessem unidos. Como recompensa, Tavares foi agraciado com a indicação do primeiro suplente, Catulé Júnior (PSDB).

Os fatos provam que Zé Reinaldo tem uma única missão, minar a pré-candidatura do PSDB no Maranhão. Tanto que o ex-governador mantém diálogos com todos, aliados de Flávio Dino, Eduardo Braide e recentemente fez uma visita a João Alberto, presidente do MDB no Maranhão.

Se Zé Reinaldo Tavares é pré-candidato ao Senado pelo PSDB, por qual motivo, o parlamentar não dialoga com os tucanos, mas prefere manter estreitas relações com aqueles que estão no campo adversário?

Zé Reinaldo sugere mais uma vez que é um agente infiltrado a serviços de outros interesses. Que Roberto Rocha abra olho, caso o final dessa história poderá ser semelhante ao que João Castelo e Eliziane Gama viveram…

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