Ex-secretário de Flávio Dino pode vir a subir no palanque de Roberto Rocha

Maranhão Hoje

Por conta de uma articulação envolvendo o pré-candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) e o SD, para a disputa presidencial. O ex-secretário de Indústria e Comércio, Simplício Araújo, pode vir a subir no palanque de Roberto Rocha na disputa eleitoral desse ano. Tudo ocorre, por conta do desejo do tucano de ter um nordestino em sua chapa presidencial. Segundo o jornal O Estado de São Paulo, Alckmin teria ligado para o deputado Paulinho da Força, presidente do SD, para antecipar o convite que fará a Rebelo e as insinuações indicam que a recomendação para esta escolha seria do general Eduardo Villas-Boas, comandante-geral do Exército Brasileiro.

Caso se confirme esse entendimento, o Solidariedade, que no Maranhão é presidido pelo ex-deputado federal Simplício Araújo, será forçado a deixar a aliança com Flávio Dino (PCdoB), que tenta a reeleição. O Solidariedade vai ter de marchar com o senador Roberto Rocha, que deve ser o candidato dos tucanos no Maranhão e é um dos maiores críticos do governador.

Apesar da mudança brusca que pode ocorrer, pessoas próximas a Simplício relatam que uma possível coligação seria benéfica para o ex-secretário, afinal ele fugiria do chapão governista, onde teria mais dificuldades de se eleger do que numa possível composição com o PSDB, que atualmente tem apenas o ex-prefeito de Imperatriz, Sebastião Madeira, como a principal força para a disputa.

Além de Simplício, o SD ainda levaria o deputado estadual Fábio Braga, o suplente de deputado Sérgio Vieira, a ex-secretária de Saúde, Helena Duailibe, o cunhado do prefeito de Barra do Corda, Fernando Pessoa, o vereador de Imperatriz, Rildo Amaral, entre outros para o palanque de Roberto Rocha.

Natural de Viçosa (AL), Aldo Rebelo reúne todas as características de um vice ideal para Alckmin neste momento. Além de nordestino, o que poderia ajudá-lo a ter uma maior penetração nos estados da região, tem perfil de esquerda, mas é um político de linha conservadora. Rebelo vem fazendo pregação de que é necessário um amplo acordo pela governabilidade.

Rebelo era filiado ao Partido Comunista do Brasil (PCdoB), mesmo partido de Flávio Dino. Foi presidente da Câmara Federal quando Lula era presidente e foi ministro do Esporte no segundo governo de Dilma Rousseff (PT), tendo sido um dos responsáveis pela montagem da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.

Ano passado, ele deixou o PCdoB para se filiar ao PSB, já com a esperança de um acordo com o PSDB articulado pelo atual governador paulista, Marcelo França, ex-vice de Alckmin e que tenta a reeleição. Frustrada esta articulação com os socialistas, mudou-se para o Solidariedade e se lançou pré-candidato a presidente.

De acordo com a Coluna do Estadão, de O Estado de São Paulo, coube ao comandante do Exército recomendar esta aproximação dos tucanos com o Solidariedade. O Partido de Paulinho da Força já sinaliza com apoio ao João Doria ao governo de São Paulo e deve estender esta aliança para todos os estados.

No Maranhão, o SD é um dos 14 partidos que Flávio Dino espera reunir no seu palanque em busca da reeleição. Outras duas legendas que estariam neste plano, DEM e PP, também já fecharam com Doria, e um terceiro, o PTB, também sinaliza que irá com os tucanos em São Paulo, e isto pode implicar numa aliança vertical para todos os estados.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *