Vereador Estevão Aragão denuncia caos no Hospital da Criança de São Luís

O vereador Estevão Aragão usou a tribuna, na sessão plenária desta segunda-feira (21), para denunciar o caos instalado na saúde pública de São Luís e chamou a atenção, principalmente para a situação dos pacientes e seus acompanhantes do Hospital da Criança. Segundo ele, os relatos de mães e filhos deitados no corredor da unidade continuam frequentes.

“Temos vários vídeos comprovando que as crianças dormem no chão. Eu me pergunto: Como é que o prefeito, que se diz cristão, deixa essas inocentes crianças deitadas no chão de um hospital?”, questionou o parlamentar, citando ainda a questão dos alagamentos. “A Prefeitura já está se encaminhando para o 6º ano de gestão e é sempre a mesma coisa. Quando chove, alaga!”, disse.

No seu pronunciamento, Estevão Aragão lembrou que as obras do Hospital da Criança deveriam ter sido concluídas em 2016, mas foram adiadas para fevereiro deste ano. “Já estamos quase no meio do ano e eu desafio qualquer pessoa a mandar uma foto de algum trabalhador”, provocou.

O vereador continuou o seu discurso propondo que o Executivo invista mais na área da Saúde. “Gostaria que fossem retirados os R$ 20 milhões do orçamento da Comunicação ou os mais de 30 milhões da reserva de contingência ou, pelo menos uma parte, dos empréstimos aprovados por esta Casa, para serem destinados ao Hospital da Criança”.

Despesa pessoal

Ainda na tribuna, Estevão Aragão apresentou o número de servidores lotados na saúde de São Luís, que chega a 6.513, entre funcionários da própria secretaria municipal, Samu, Socorrão, agentes de saúde e agentes de endemias. A informação foi obtida no Portal da Transparência, por sua equipe de gabinete.

“Eu cheguei a solicitar esses dados através de requerimento, porém, tive meu pedido negado pela maioria dos meus colegas parlamentares. Com esse tanto de funcionário a saúde daqui deveria ser de primeiro mundo, mas está muito longe de, sequer, ser melhorada”, acentuou.

Ao finalizar, Estevão Aragão falou sobre o convênio firmado entre Ministério da Saúde e a secretaria municipal para ampliação das unidades de urgência e emergência, celebrado em 2012 e que termina em dezembro de 2018, no valor de pouco mais de R$ 2 milhões. “ Apenas R$ 977 mil foram usados. Então, não sei para onde vai esse dinheiro, porque para a saúde não é”, finalizou o vereador, ao mesmo tempo que cobrou da base governista uma data definitiva para a inauguração do Hospital da Criança.

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