Deputada Ana do Gás merece perder o mandato, ser expulsa do partido e responder a um inquérito policial

Blog do Aquiles Emir

A deputada Ana do Gás (PCdoB), que se elegeu pedindo para não votarem nela aqueles que tinham pretensão de votar em Flávio Dino (PCdoB) em 2014 e hoje é uma das maiores lideranças comunistas no Maranhão, teria muitos motivos para encerrar 2017 com uma tremenda dor de cabeça e uma ameaça de perda de mandato, de expulsão do partido e de responder a inquérito policial, caso fossem verdadeiras as declarações do governo estadual de que realmente combate a corrupção na Saúde, apesar de a Polícia Federal, a Justiça Federal, Ministério Público Federal e Controladoria Geral da União (CGU) acharem o contrário.

A gravação em que ela aparece ameaçando uma servidora pública de uma UPA em São Luís para manter sua irmã na folha de pagamento, mesmo não comparecendo ao trabalho, é de uma gravidade sem tamanho, embora esteja sendo tratada como mais um desses casos que enriquecem o folclore político maranhense. Trata-se, afinal de contas, de uma representante do povo no parlamento, tentando usar sua autoridade para subornar uma funcionária que queria apenas cumprir com o seu deve “e não ser corrompida”, como deixou bem claro na gravação.

Por essa arrogância, Ana do Gás cometeu o crime de constrangimento moral a essa servidora, feriu a ética parlamentar, transformou uma repartição pública num balcão de negócios e submeteu o governador do estado e seu secretário de Saúde ao vexame de verem tornadas em vão todas as tentativas de mostrar que a Operação Pegadores da PF é uma farsa.

Ana do Gás merece ir ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa, onde deveria ser aberto um processo de cassação do seu mandato; deveria ser expulsa do PCdoB (se este for realmente um partido tão sério quanto procura parecer) e ser denunciada pela Procuradoria do Estado, pela Procuradoria de Justiça (do Estado e da União) e por quem mais se sentiu ofendido com a arrogância dessa parlamentar. Seu crime é mais grave do que Aécio Neves, como senador, pedindo dinheiro a um empresário, pois ela agiu para desmoralizar as instituições públicas.

Mais do que isto, o governador Flávio Dino, o secretário Carlos Lula, seu batalhão de deputados defensores da ética e da honestidade e quem mais se sentir com autoridade para defender o governo devem vir a público dizer se continua ou não operante o esquema de corrupção na Saúde.

Se nenhum destes órgãos agir, resta ao eleitor, tão indignado com a corrupção vinda de Brasília e que todos os dias pelas redes sociais punição aos corruptos, fazer valer o seu direito e julgá-la nas urnas em 2018.

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