O falso arco de alianças partidárias e o risco de isolamento de Flávio Dino em 2018

O Palácio dos Leões através do governador e seus asseclas comemoram dia após dia a chegada de novos aliados políticos, desde latifundiários até acusados de crimes como pistolagem. Atuando da mesma forma que os políticos da República Velha – período este que foi instalado o coronelismo e as oligarquias – os comunistas vão atraindo possíveis apoiadores para eleição de 2018, tudo isto fruto do medo, através do instrumento jurídico e da força policial, e também da barganha política, o velho aparelhamento estatal defendido pela esquerda.

Do PT do ex-presidente Lula ao Patriota (antigo PEN) de Bolsonaro, Flávio Dino tenta montar uma palanque para garantir sua reeleição em 2018. Não importa a ideologia, muito menos a coerência política, o importante é garantir a vitória, assim como em 2014, quando o comunista abraçou Aécio Neves (PSDB) e Eduardo Campos (PSB), e implorava o apoio dos petistas, afinal ele votava era na Dilma Rousseff (PT).

Seguindo a mesma estratégia, Flávio Dino hoje teria até mais de uma dezena de partidos na sua mão. Só na estrutura administrativa estão contemplados PT, PDT, PSB, SDD, PSDB, PTB, PRB, além do próprio PCdoB. Na fila de espera ainda estão DEM, PP e PR, que devem ser contemplados nos próximos meses com Secretarias. E ainda existem aqueles que permanecem no arco de aliança em troca de migalhas ou por subserviência como PTC, PPS e PSC.

No entanto essa quantidade e pluralidade partidária é muito frágil, afinal não basta a barganha política no Maranhão para garantir a permanência dos partidos com Flávio Dino. Exemplo disto é o PSDB. Apesar do vice-governador, Carlos Brandão e do secretário de Desenvolvimento Social, Neto Evaneglista, permanecerem abraçados com o comunista, o partido vai tomar novos rumos com a filiação do senador Roberto Rocha, após decisão da executiva nacional, e vai concorrer diretamente com o comunista para comandar o Palácio dos Leões a partir de 2019.

O PSDB pode ser apenas o primeiro a ser chamado para seguir os rumos da executiva nacional. Entre aqueles que orbitam em torno do projeto comunista em 2018, pelo menos sete destoam do que está sendo dito em Brasília: SDD, DEM, PP, PR, PTC, PPS e PSC. Estes citados devem seguir com candidatos da direita ou centro-direita na disputa presidencial em 2018.

Vale lembrar que no próximo ano, a eleição para o cargo de Presidente da República vai se transformar numa verdadeira guerra da esquerda contra direita, e mais do que nunca, este acirramento deve ser levado para as disputas regionais, afinal cada vaga de deputado federal e senador, assim como chefiar os executivos estaduais vai ser fundamental para um projeto de poder.

Além da ala golpista, pelo menos na visão de Flávio Dino, o chefe do Palácio dos Leões ainda podem enfrentar problemas no núcleo duro dos seus partidos vermelhos, os quais são considerados: PCdoB, PT, PDT e PSB. Os três últimos possuem peculiaridades que podem distanciar da aliança comunista em 2018.

O PSB enfrenta disputas internas entre pernambucanos e paulistas, se o atual vice-governador de São Paulo vencer a eleição para presidente do diretório nacional, boas são as chances dos socialistas acompanharem o projeto de Roberto Rocha em 2018.

Já o PDT com a pré-candidatura de Ciro Gomes vem atacando vorazmente o ex-presidente Lula, o que ocasionalmente deve criar uma cisão na relação com o PT e uma provável impossibilidade de coligação entre os dois partidos.

O menos provável seria o PT, mas a possibilidade de uma candidatura própria para presidência do PCdoB poderia abalar as relações entre petistas e comunistas.

Caso este cenário se confirme, Flávio Dino pode ter que reinventar seu caminho, assim como o PT diz que está fazendo, o que lhe levaria a procurar a extrema-esquerda – PCO, PSTU e PSOL – mas estes já avisam que não existe a menor possibilidade de conversar com um falso comunista.

Flávio Dino ainda é o favorito para reeleição, afinal os Leões trabalham vorazmente para garantir a vitória, mas o risco do comunista chegar isolado em 2018 é muito grande. Assim acontecendo nem a imposição do medo e muito menos as barganhas políticos seriam suficiente para garantir a vitória.

O Maranhão então voltaria a ser de todos e não como nos tempos atuais que o Governo do Maranhão é de todos os comunistas…

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