Weverton Rocha e o distanciamento da crise comunista no Maranhão

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Flávio Dino, Weverton Rocha e Márcio Jerry mantém aliança por conveniência

Um fato que pode ser percebido com o enorme desgaste que o governador Flávio Dino e o seu partido, o PCdoB, sofreram neste inicio do ano é que poucos aliados deram um grito de apoio ou contra-argumentaram as acusações publicadas na grande imprensa. Destaque para o deputado federal Weverton Rocha (PDT), um dos principais beneficiados no governo estadual e forte pré-candidato ao Senado do Palácio dos Leões.

Desde que estourou a crise do imóvel da Funac no dia 4 de janeiro de 2017, o deputado federal nunca deu uma linha sobre o assunto. Mesmo se mantendo ativo nas redes sociais, Weverton optou por falar da vinda do ministro dos Transportes ao Maranhão e a publicar um artigo no site Congresso em Foco sobre a conjuntura política nacional. Sobre o estado e possíveis políticas do governo maranhense, não houve sequer uma linha.

Acontece que Weverton Rocha vislumbra uma possibilidade de disputar o governo do Maranhão também e ao mesmo tempo que está próximo do PCdoB, ele também mantém uma distância de segurança para evitar a se misturar com as denúncias e os atos corruptivos que eventualmente podem ser praticados pelos companheiros.

Weverton Rocha já provou do veneno que os comunistas não são nada confiáveis. Em 2014, após ter sido prometida a vaga de vice-governador para o PDT, o partido foi passado para trás e colocaram a indicação do PSDB. O presidente nacional da legenda Carlos Lupi foi desmoralizado publicamente, uma vez que veio ao Maranhão anunciar a indicação de Márcio Honaiser para o cargo.

Confiando nas promessas do PCdoB e obviamente pensando em benefício próprio, Weverton aceitou a se manter unido com o “Partido do Maranhão”. Logo após que Flávio Dino tomou posse do governo, o pedetista garantiu as secretarias de Educação, Agricultura e Trabalho para o PDT.

Não se passaram nem três meses e Weverton Rocha percebeu que das três secretarias, possuía apenas a de Agricultura, uma vez que a titular (Áurea Prazeres) da Educação já havia sido cooptada por Márcio Jerry e a de Trabalho era exclusiva do desafeto de partido, Julião Amim.

Não demorou muito, a aliada Rosângela Curado (PDT) foi exonerada de forma vexatória do cargo de sub-secretária da Saúde. Para tentar acalmar os ânimos, novas mudanças foram feitas no governo e dessa vez Weverton ficou responsável por indicar o diretor do Detran. A mudança foi processada, mas ele logo percebeu que foi enganado mais uma vez, afinal toda a estrutura estava engessada, após a saída do advogado Antônio Nunes e a sua indicada, Larissa Abdala, só tinha a “cabeça” da autarquia.

As punhaladas em Weverton Rocha por parte do PCdoB não pararam por aí. Veio a saída de Leonardo Sá do PDT para as fileiras comunistas. O desastroso engajamento do governador Flávio Dino na eleição de Imperatriz e a consequente derrota de Rosângela Curado.

Quanto a disputa do Senado em 2018, Weverton sabe que nem isso ele tem segurança. O Palácio dos Leões estimula outros aliados a entrar na disputa, tanto que mantém esperanças para as candidaturas de Zé Reinaldo (PSB), Sebastião Madeira (PSDB), Waldir Maranhão (PP), Humberto Coutinho (PDT) e outros. A sorte é que seus concorrentes diretos vem sendo atingidos por problemas políticos ou de saúde.

Weverton Rocha vai guardando calado e demonstra que não vai se meter nas crises palacianas, o pedetista fica monitorando o cenário e aguardando qual a melhor decisão a ser tomada, sem esquecer que a “vingança é um prato que se come frio”.

Vale lembrar do episódio com João Castelo na Prefeitura de São Luís. Antes de 2012, Weverton era um dos principais aliados do Palácio de La Ravardiere, mantendo indicações de secretarias e até liderança do governo na Câmara Municipal. Porém foi só perceber a possibilidade de assumir a vaga de deputado federal que ele trocou o certo pelo “melhor ainda”, e assim embarcou no projeto de Edivaldo Holanda Júnior, abandonando o tucano.

O maragato olha para além com uma visão típica de um gatuno…

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