Jornalista e jurada do desfile de Escolas de Samba de São Luís diz ter sofrido assédio por funcionário contratado da SECULT

A jornalista Inara Rodrigues que trabalhou no domingo (7) e segunda-feira (8) de Carnaval diz ter sido alvo assédio na cabine dos Jurados. De acordo com o relato da profissional, ela teria sofrido assédio por parte de um funcionário da empresa Academia do Som contratada pela Secretaria municipal de Cultura quando desenvolvia sua atividade com jurada das Escolas de Samba de São Luís.

Em sua nota de repúdio destinada à Secretaria municipal de Cultura, Inara relata: “Eu estava sentada na cabine a mim destinada quando o mesmo, da cabine em que estava, bem ao lado da minha, começou a falar “gracinhas” para mim. Imediatamente o repreendi, mas ele continuou. Contei o ocorrido para as funcionárias da Secult e as mesmas chamaram a atenção dele, que, no momento, parou de me importunar”.

Inara Rodrigues tem passagens pelas redações do Jornal Pequeno e O Imparcial. Na oportunidade atuando como jurada, ela avaliou o quesito “Letra e Samba”.

A SECULT de São Luís ainda não se posicionou sobre o tema.

Confira na íntegra a nota:

NOTA DE REPÚDIO À SECULT SÃO LUÍS

Venho tornar pública a situação vexatória de assédio pela qual passei nos dois dias em que fui jurada do carnaval de passarela de São Luís.

Após seleção através de um edital, fui contratada pela Secult São Luís para ser jurada nos dois dias do desfile das escolas de samba de São Luís. O que não imaginaria é que, durante esses dois dias, seria assediada no local reservado exclusivamente para o júri, por um funcionário da empresa contratada para cuidar do som da avenida e que nada seria feito pelas funcionárias da Secult presentes no local. Isso mesmo!

O assédio de um integrante da empresa Academia do Som aconteceu no primeiro dia, domingo de carnaval. Eu estava sentada na cabine a mim destinada quando o mesmo, da cabine em que estava, bem ao lado da minha, começou a falar “gracinhas” para mim. Imediatamente o repreendi, mas ele continuou. Contei o ocorrido para as funcionárias da Secult e as mesmas chamaram a atenção dele, que, no momento, parou de me importunar.

No dia seguinte, ontem (8), segunda de carnaval, o mesmo se repetiu. Novamente fui constrangida com as “gracinhas” do cara. Comuniquei às funcionárias da Secult e pedi que ele fosse retirado do local. Elas garantiram que ele seria retirado e que não voltaria à área destinada aos jurados. Agora pasmem, sabe o que uma delas me disse? Que um dos seguranças da Previne Seguranças, que estava lá para garantir a segurança dos jurados, disse que isso tinha acontecido porque eu estava mostrando as pernas!!! Isso mesmo!!! A culpa era minha!!! Pedi que ela me mostrasse o tal segurança, pedido que ela recusou, e que o tirasse de lá. Como não soube qual foi o segurança que disse tal absurdo, logo vi que ele não seria retirado de lá.

Para piorar, depois verifiquei que o assediador continuava transitando no local onde os jurados estavam, mesmo após vários pedidos para que ele não voltasse ao local! Ele continuou lá, mesmo após outras juradas terem relatado às funcionárias da Secult que o mesmo, no primeiro dia, tinha incomodado algumas delas com seus olhares indiscretos e fora visto, inclusive por um dos seguranças, assediando mulheres que passavam pelo calçadão localizado atrás da área onde estávamos, fazendo gestos obscenos.

Somente quando a última escola passava, por volta das 3h30 da manhã de hoje, e após eu ter ameaçado deixar o local do júri, o homem foi retirado do local. Tarde demais, os desfiles já haviam terminado.

Conclusão: a SECULT SÃO LUÍS colocou funcionárias totalmente despreparadas para resolver problemas como esse.

O assediador deveria ter sido retirado do local desde o primeiro dia, em respeito a mim e às demais juradas lá presentes. Me resta, agora, procurar os meios legais para que essa situação seja reparada o mais breve possível.

*Com informações do jornalista Joel Jacinto

1 thought on “Jornalista e jurada do desfile de Escolas de Samba de São Luís diz ter sofrido assédio por funcionário contratado da SECULT

  1. Seria de suma importância que a jurada identificasse as funcionárias. para que isso não pudesse mais ocorrer. Sugestão: a jurada poderia identificar o funcionário da Academia do Som e representasse contra ele na Delegacia da Mulher.

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