Hospital Universitário da UFMA ultrapassa a marca de 500 transplantes de rim

O sonho de muitas pessoas é ter o privilégio de receber um novo órgão e junto com ele a possibilidade de uma maior expectativa e qualidade de vida. Esse foi o presente que o agente comunitário de saúde, Francisco José Nunes do Nascimento (37), recebeu no dia 24 de dezembro, véspera de Natal.

Do interior do Maranhão, mais precisamente da cidade de Urbano Santos, Francisco José Nunes do Nascimento passava seus dias à espera de um doador que pudesse lhe permitir uma nova vida. Foram 5 anos e 11 meses presos à máquina de hemodiálise, se submetendo três vezes por semana a sessões com quatro horas de duração cada, uma rotina difícil e cansativa, mas necessária já que em sua família não tinha nenhum doador compatível.

Após essa longa espera, no dia 24 de dezembro veio a notícia mais aguardada por Francisco e toda sua família, a de que aparecera um doador. Essa notícia lhe chegou como um presente maravilhoso, “estou muito feliz pois recebi uma nova vida. Apesar de não imaginar que a espera fosse tão grande, a esperança nunca morreu”, disse ele que também foi o paciente que marcou o alcance de 500 transplantes realizados no HU-UFMA.

A realização de 500 transplantes representa a salvação de inúmeras vidas e os esforços de muitos profissionais em prol da conscientização da sociedade sobre a importância da doação de órgãos. “Alcançar a marca de mais de 500 transplantes também é um grande presente para o HU-UFMA que completa 25 anos neste ano de 2016”, afirmou a superintendente do HU-UFMA, Joyce Santos Lages.

Francisco do Nascimento é casado, tem uma filha de 16 anos e graças a decisão solidária de uma família em dizer sim para a doação de órgãos, hoje pode desfrutar de mais tempo com a família, pois não precisa mais fazer as sessões de hemodiálise para sobreviver.

Saiba mais!

O Hospital Universitário da Universidade Federal do Maranhão (HU-UFMA), gerido pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), foi o pioneiro em transplantes no Maranhão. Iniciou as atividades no ano 2000 com transplantes entre doadores vivos e somente no ano de 2005 com doadores falecidos. Hoje chegando a marca de 502 transplantes renais, incluindo doadores vivos e falecidos.

Hoje no Maranhão, há uma lista de cerca de 150 pacientes esperando por um rim. Conclui-se que há necessidade premente de conscientizar e sensibilizar a comunidade quanto à relevância da doação de órgãos e tecidos no sentido de salvar ou melhorar a qualidade de vida de muitos pacientes crônicos na nossa cidade e no nosso estado.

Apesar de tantos esforços o número de transplantes realizados em nosso estado ainda é pequeno devido à desinformação e mitos correlacionados ao processo de doação. A falta de informação gera um medo que acaba por dificultar o processo e enquanto isso a fila de espera, só tende a aumentar.

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