Duarte, Felipe, Lula e Ted: o quarteto fantástico do governador Flávio Dino

Ao montar sua equipe de governo, Flávio Dino (PCdoB) optou de forma inteligente, mesclar indicações políticas com as técnicas, pois com as composições partidárias torna-se quase impossível não deixar de lotear cargos públicos para aqueles que gastam dinheiro e gogó durante a campanha eleitoral. No entanto como não deveria de ser, são os técnicos que estão fazendo a diferença e se destacando na atual gestão estadual. Duarte Júnior, Felipe Camarão, Carlos Lula e Ted Lago foram os que se destacaram ao longo de 2015, seja trabalhando de forma alardeada ou silenciosa, mas desenvolveram suas funções com excelência alcançando claros avanços em seus setores.

Apesar do advogado Duarte Júnior ser o único conhecidamente filiado a um partido político – o PCdoB – sua ocupação no cargo de presidente do PROCON deve-se exclusivamente a sua capacidade técnica. O mais novo do quarteto foi o que ganhou mais holofote durante o ano de 2015. O fiscalizador do cumprimento do Código de Defesa do Consumidor foi em vários momentos o principal proporcionador de elogios ao governo Flávio Dino.

Duarte Júnior transformou o PROCON em um órgão temido e respeitado. Postos de combustíveis, bares e restaurantes, escolas, casas de shows e operadoras de celular foram os principais alvos do gestor. Tentar ajustar os costumes e cumprir a regra tem um preço, e Duarte acabou pagando ao receber ameaças de mortes como já relatado neste blog. Mas não se intimidou e seguiu seu trabalho. Tão bem desempenhada sua função que já começa a ser lembrado para disputar o cargo de vice-prefeito em 2016 e ajudar a salvar o projeto de reeleição de Edivaldo Holanda Júnior (PDT).

Felipe Camarão já é um nome irretocável na gestão pública maranhense. Foi diretor do PROCON na gestão da governadora Roseana Sarney e obteve destaque semelhante ao atual presidente, mas tanta competência acabou despertando ciúme da secretária de Direitos Humanos na época, o que ocasionou a sua volta a vice-procuradoria da Universidade Federal do Maranhão. Em 2012 foi membro da Comissão de Transição do governo Castelo e Edivaldo e em 2013 foi chamado para ocupar o cargo de secretário de Urbanismo de São Luís. Mais uma vez deixou o posto e voltou para a UFMA. Na instituição de ensino superior, Felipe tinha papel de protagonista, atuando como conselheiro do reitor Natalino Salgado e decisivo nas questões jurídicas da universidade, mas sempre de forma silenciosa.

Em 2015 aceitou mais uma vez o desafio de encarar o cargo de secretário e assumiu a Gestão e Previdência do governo Flávio Dino. Foram apenas oito meses de trabalho na SEGEP, mas ele já deixou sua marca e saudade. Era um secretário presente, sempre aparecia nas reuniões do PAI – Programa de Atenção Integrada para o Aposentado – assim como foi o responsável por manter o dialogo aberto com todos os sindicatos evitando desgastes e greves. Em agosto, Felipe assumiu uma nova missão: foi transferido para a Cultura. O advogado chegou com ar de desconfiança dos movimentos populares e da própria imprensa, mas rapidamente transformou incerteza em sucesso de trabalho. Atualmente mais uma vez o gestor é cotado para assumir uma nova Secretaria e organizar a parte administrativa e equilibrar as finanças.

Toda evolução e melhoria na gestão da Cultura soube ser trabalhada de forma estratégica, Felipe soube gerir a SECMA de forma silenciosa, mas sabendo os momentos certos de aparecer.

Carlos Lula é outro técnico que trabalha de forma silenciosa, mas o sucesso do seu trabalho acaba sendo impossível de não ressoar. O advogado que iniciou o governo na função de adjunto da Casa Civil, hoje é destaque da Secretaria Estadual de Saúde, acumulando os cargos de subsecretário e presidente da Empresa Maranhense de Serviços Hospitalares. Assim como Felipe Camarão chegou sob a desconfiança, pois com formação em Direito achavam que ele não teria condições ou conhecimento de desenvolver um bom trabalho na Saúde.

Respeitado pelos demais gestores da estrutura da SES, além de outros órgãos. Lula organizou a casa e promoveu melhorias sensíveis na pasta. É dele o crédito também do desenvolvimento dos seletivos. Claro que é impossível resolver e colocar o serviço em um padrão de excelência sem trocar o titular da pasta, por isso talvez um dia seja necessário Carlos Lula ter de assumir o posto de Marcos Pacheco.

Por fim, Ted Lago o mais discreto de todos, mas desenvolve um papel tão importante quanto os demais. O presidente da EMAP vem desenvolvendo importantes missões para o governo dentro e fora do país. Foi um dos representantes do governador nas tratativas da vinda de investimentos internacionais em Singapura e na China, assim como participou da COP-21 em Paris, sempre ao lado do vice-governador Carlos Brandão (PSDB).

Mas muito mais que isso, Ted colocou o Porto do Itaqui na rota dos grandes investimentos. Um dos principais pontos de atracagem dos grandes navios na América do Sul agora traz retorno e desperta confianças nos investidores. O prefeito Edivaldo Holanda Júnior também poderia também colher os frutos do trabalho do empresário, mas perdeu o gestor ainda no primeiro ano do seu governo, pois Ted Lago ao perceber a desorganização e a falta de prestígio na prefeitura, preferiu pedir exoneração do figurativo cargo que ocupava, mas que nunca existiu que era o de secretário de Desenvolvimento Social e Econômico.

Duarte, Felipe, Lula e Ted foram os destaques de 2015 no governo Flávio Dino, proporcionado avanços reais e assim devem permanecer em 2016, futuramente alguns destes devem estar ocupando espaços bem mais importantes…