PGR pede afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara Federal

A Procuradoria Geral da República (PGR) apresentou na tarde desta quarta-feira (16) ao Supremo Tribunal Federal um pedido de afastamento do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara.

O objetivo do chefe do Ministério Público é assegurar a continuidade das investigações criminais contra ele e a instrução dos processos. Para Janot, o presidente da Câmara vem utilizando o cargo em benefício próprio e ilícito para evitar que as investigações contra ele.

Em nota, a assessoria da Procuradoria Geral da República informou que o afastamento do peemedebista do Legislativo é necessária para garantir a ordem pública”, a regularidade de procedimentos criminais em curso perante o Supremo Tribunal Federal (STF) e a normalidade das apurações submetidas ao Conselho de Ética.

Conforme o pedido, tanto as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro (Inq 3983), quanto a investigação por manutenção de valores não declarados em contas no exterior (Inq 4146), podem acarretar a perda do mandato de Eduardo Cunha, seja pela via judicial ou no campo político-administrativo, o que autoriza a medida cautelar de afastamento do cargo. Para o PGR, os fatos retratados na petição são anormais e graves e exigem tratamento rigoroso conforme o ordenamento jurídico.

O PGR aponta em seu pedido onze fatos que comprovam que Eduardo Cunha usa seu mandato de deputado e o cargo de presidente da Câmara para constranger e intimidar parlamentares, réus colaboradores, advogados e agentes públicos, com o objetivo de embaraçar e retardar investigações contra si. Os documentos apreendidos nas buscas realizadas na data de ontem, 15 de dezembro, reforçaram as provas já reunidas pela Procuradoria-Geral da República.

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