Outro dia presenciei uma das cenas mais vexatórias e que expõe a forma como funciona realmente a política no Maranhão. Se antes o estado era controlado por uma família, pouco se mudou ao trocar os nomes que estavam no poder para os que agora ocupam e arrotam mudança.

Um deputado neófito e daquela linha ostentação (que está na moda) chegou acompanhado do filho de um dos homens mais poderosos do Maranhão e ao encontrar um colega de parlamento foi correndo lhe apresentar:

– Este aqui é o filho do nosso patrão!

De pronto sem pestanejar, o deputado governista, mas de postura independente respondeu:

– Nosso patrão, quem?

Envergonhados, o deputado e o filho do secretário deram um abraço e foram para um canto onde estavam bem mais a vontade. Regados de bebidas caras e acompanhados de belas mulheres, eles demonstram como segue o Maranhão, um estado de privilégios.

A maioria dos maranhenses segue e (infelizmente) permanece na pobreza, enquanto uma parcela diminuta segue provando das benesses que o poder oferece.

Parece que nada mudou. Na verdade essa frase “este é aqui é o filho do nosso patrão”, deixa claro que nada mudou. Ora, quem é o patrão de um parlamentar? O povo. Este sim é o patrão daqueles que estão nas casas legislativas e no executivo. Manter tal postura de subserviência, só demonstra a ignorância daqueles que se permitem falar tal besteira.

O discurso de justiça social e honestidade é comum por esses que se encontram no poder, mas são apenas mentiras contadas para se manterem no alto de uma pirâmide que tem como base um povo sedento por melhorias e a busca pelo direito a igualdade.

Não se admirem e não tenham como coincidência se o Maranhão viver uma espécie de estado de exceção. Este recurso geralmente é usado quando existe “ameaça à ordem pública”, “ao estado”, “ao povo” etc., com o argumento de que o direito está sendo suspenso para que o Executivo possa agir com “presteza”, “prontidão”, “energicamente” etc.

Infelizmente o Maranhão vive sob o domínio de um

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