“Somos vítimas de uma truculência judicial”, diz presidente de Sindicato após decisão do corte dos 21,7%

Após o governador Flávio Dino (PCdoB) ter dado um duro golpe, na manhã de sexta-feira 4, em todos os servidores públicos do Maranhão, por conta do seu lobby pessoal no  Tribunal de Justiça, os desembargadores votaram contra o funcionalismo público na ação nº 36.586, e derrubaram os 21,7% de correção dos vencimentos dos servidores, diminuindo o salário base da categoria em um quinto.

A principio o processo julgado atinge inicialmente apenas os servidores do Judiciário, a decisão deve servir como precedente para anular também os 21,7% de correção dos vencimentos de todos os servidores de níveis médio e fundamental do Executivo e do Ministério Público do Maranhão.

Diante desta situação, presidente do Sindicato dos Servidores do Judiciário se posicionou:

“Estranho milhares e milhares de famílias estarem sendo prejudicadas e ninguém da classe politica se pronunciar. Absolutamente ninguém entrou em contato com o Sindjus para prestar solidariedade e se dispor a fazer alguma ponte. Mais de 1000 acórdãos correm o risco de serem anulados agora pelo Tribunal de Justiça, atendendo aos reclames da PGE, e prejudicando diversas categorias de servidores públicos civis e militares maranhenses, e nenhum político se pronunciou até agora. A sensação é de completa orfandade política. Vamos recorrer ao STJ. Mas o prejuízo social disto está instaurado. Ouviram nos corredores, que o Procurador-Geral Rodrigo Maia reclama que isso era um problema criado por Zé Reinaldo e que o sindicato não quis brigar com os Sarney e está brigando agora com Flávio Dino. Mas isso é em parte falso. De fato, o problema vem do governo Zé Reinaldo e nossa luta também. Mas Roseana Sarney só cumpriu ano passado a decisão do STF, depois que o TJ pediu suplementação do orçamento, a SEPLAN relutou em ceder e o Sindjus representou a governadora criminalmente ao Ministério Público por descumprimento de DECISAO JUDICIAL. De pronto, então, a governadora autorizou o repasse de verbas pro TJ e então implementaram os 21,7%. Isso completou um ano agora em agosto. Essa é a verdade, como é verdadeiro que QUEM está insistindo em nos negar esse direito é o atual governador Flávio Dino, sem qualquer diálogo ou negociação com a categoria. Não somos viúvas do Sarney. Somos sim vítimas de uma truculência judicial”.

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