Prefeito Edivaldo lança campanha de mobilização do programa Família Acolhedora

O prefeito Edivaldo lançou nesta terça-feira (2) a campanha de mobilização e sensibilização de famílias ludovicenses a aderirem ao programa Família Acolhedora. O serviço – que é uma modalidade de atendimento inserida no Plano Municipal de Acolhimento Institucional e Familiar para Crianças e Adolescentes da capital – tem como objetivo proporcionar a menores vítimas de violação de direitos o acolhimento temporário por famílias cadastradas no programa. O ato de lançamento ocorreu no auditório Reis Perdigão, no Palácio La Ravardière.

“Essa é mais uma importante ação que o Município promove em favor da efetivação da sua política social. Na nossa gestão, estamos avançando muito nessa área e já podemos contabilizar uma série de atividades e projetos desenvolvidos para proporcionar aos cidadãos ludovicenses o direito a uma vida digna”, disse Edivaldo. Em seu pronunciamento, ele destacou algumas dessas ações, como a Residência Inclusiva, o Centro-Dia, o Centro Pop e o Circo-Escola.

Segundo a secretária municipal da Criança e Assistência Social, Andreia Lauande, a filosofia do programa Família Acolhedora é desinstitucionalizar o serviço de acolhimento. Ela afirmou que a intenção é proporcionar às crianças e adolescentes vítimas de agressões físicas e psicológicas, negligência familiar, abuso e exploração sexual, uma convivência mais familiar e comunitária, ao invés do acolhimento institucional em abrigos coletivos.

“Com a campanha de divulgação, mobilização e sensibilização, buscamos estimular a adesão de um número cada vez maior de famílias interessadas em acolher. O objetivo é fazer com que essas crianças tenham mais acolhimento familiar que institucional, para que não percam a referência de família, aspecto tão importante para o seu desenvolvimento psicossocial e emocional. É isso que o programa preconiza: fazer com que o menor saia de um lar para um outro lar até que sua situação se restabeleça e ele possa retornar à sua casa de origem”, explica Andreia Lauande.

A secretária informou que o serviço Família Acolhedora foi implantado em São Luís em 2006. Entretanto, passava por um processo de estagnação. Atualmente, conta apenas com quatro famílias cadastradas, quantidade considerada insuficiente para atender a demanda da capital. A campanha de mobilização e sensibilização de famílias ludovicenses a aderirem ao programa propõe a divulgar a ação, estimular a adesão e expor a importância do acolhimento familiar para essas crianças e adolescentes.

O Família Acolhedora está inserido na Política Nacional de Assistência Social. Representando o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), no evento, a técnica Ana Angélica Albuquerque e Melo, do Departamento de Proteção Social Especial do MDS, exaltou a iniciativa da Prefeitura em promover a campanha de sensibilização em favor da efetivação do programa no Município e que a ação soma esforços com o governo federal em expandir a iniciativa no país. No ato, ela discorreu sobre a mudança de parâmetros na modalidade de acolhimento.

“Há pesquisas importantes que apontam o quão danoso é para as crianças a institucionalização. Por isso, é tão importante essa nova modalidade de acolhimento no seio de uma família. Ainda vamos ter casas-abrigos, repúblicas e outras instituições de apoio nessa área. Entretanto, se faz cada vez mais necessário que a sociedade se torne coparticipante na proteção de suas crianças e adolescentes”, disse Ana Angélica.

A família da aposentada Rosária Maria do Espírito Santo, 68 anos, é das que têm sob sua guarda a proteção de um menor beneficiado pelo programa. Desde o início do programa, ela já teve três menores sob sua guarda e destaca a experiência como a mais maravilhosa de sua vida.

“A presença deles na minha casa me deixa muito mais feliz. Há uma troca muito grande de amor. É tão bom dar carinho, proteção e amor para a criança ou o adolescente que chega a sua casa tão carente de afeto. Não há nada melhor”, revela, emocionada, a aposentada.

Participaram ainda do lançamento da campanha de sensibilização do programa Família Acolhedora os vereadores José Joaquim, autor da lei que instituiu o programa Família Acolhedora, no Município; e Edmilson Jansen, além dos secretários municipais Lula Fylho (Governo), Helena Duailibe (Saúde), Geraldo Castro (Educação), Tati Lima (Tecnologia). Também esteve presente a presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Neusa Ribeiro, entre outras autoridades representantes de instituições relacionadas à política de proteção da crianças e do adolescentes.

CRITÉRIOS

Para ser uma família acolhedora, é preciso residir em São Luís, ter disponibilidade de tempo para cuidar do menor, possuir mais de 21 anos, ser saudável para zelar pela saúde do possível acolhido e garantir a frequência na escola e convivência familiar. Além disso, é necessário não ter pendências judiciais, não fazer uso de álcool e outras drogas, não ter interesse em adoção, já que o acolhido deve ser reinserido na família de origem e ter a concordância de todos os membros da família para o possível acolhimento. Para requerer a adesão, é necessário se cadastrar na Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social (Semcas).

Durante o período de acolhimento, a família acolhedora recebe ajuda de custo mensal de um salário mínimo para despesas como alimentação, higiene pessoal, lazer, material de consumo e vestuário. Tanto acolhidos como acolhedores receberão acompanhamento sistemático pela equipe técnica do Serviço composta por psicólogo e assistente social. O acompanhamento será realizado através de rodas de conversas entre as famílias acolhedoras, as de origem e os acolhidos, assim como acompanhamento individual e visitas domiciliares.

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