Governo do Maranhão reduz em R$ 62 milhões seus investimentos nos quatro primeiros meses de 2015 em comparação a 2014

Blog do Aquiles Emir

O Governo do Maranhão reduziu em mais de R$ 62 milhões os seus investimentos nos quatro primeiros meses de 2015, em comparação a igual período de 2014, segundo levantamento publicado pelo jornal Folha de São Paulo nesta segunda-feira (15). De acordo com os números, baseado em balanços dos estados, de janeiro a abril de 2014, os investimentos no Estado somaram R$ 80,5 milhões, enquanto este ano, R$ 18,2 milhões, ou seja, uma variação negativa de 77,4%.

O levantamento mostra que o volume de investimentos nos 26 Estados e no Distrito Federal caiu de R$ 11,3 bilhões nos quatro primeiros meses de 2014 (valor corrigido pela inflação) para R$ 6,2 bilhões no mesmo período de 2015, uma queda de 46%. Há casos em que o corte foi quase total, como Minas, com queda de 97%, e Distrito Federal, 91%. Entre as dez maiores economias do país, só a Bahia elevou seu volume de investimentos no ano.

Os cortes abrangem despesas com obras públicas e aquisição de equipamentos ou instalações permanentes e sem essas obras, a economia como um todo acaba sendo afetada. O mercado de máquinas para construção, por exemplo, estima para este ano uma queda de 36% na demanda de novos equipamentos – valor comparável apenas ao registrado em meio à crise de 2009.

A paralisação de obras e a estagnação de melhorias de infraestrutura dificultam a retomada do crescimento. “Quando uma empresa não recebe pagamentos, cancela os contratos com os sub-empreiteiros, estes não compram máquinas e demitem empregados. É uma reação em cadeia”, diz Mário Humberto Marques, vice-presidente da Sobratema, associação que reúne fabricantes de máquinas para construção.
“É um ajuste de má qualidade. O investimento é a variável que mais dinamiza crescimento e emprego. É um gasto que aumenta a produtividade da economia”, diz o economista Rodrigo Orair, do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada).

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *