Entrevista com Roseana Sarney: “Eu sinto que existe um espaço para o PMDB crescer”

Roseana Sarney sempre esteve acostumada aos holofotes. Nos últimos meses aproveitou para se afastar, foi para os EUA e lá ficou por três meses. Governadora por 4 vezes, senadora e deputada federal, a filha de Sarney pouco tem aparecido publicamente, desde que deixou o governo e retornou ao Maranhão no final de abril. Aos poucos, ela vai voltando a cena pública. Está fazendo reuniões periódicas com aliados em sua residência e começou a discutir as eleições de 2016 com o PMDB.

Em conversa com a governadora, ela parece leve e deixa transparecer uma ansiedade para voltar a disputar eleições, apesar de deixar uma incógnita no ar, sobre a possibilidade de sua candidatura para prefeitura de São Luís.

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Roseana durante a reunião do PMDB. Crédito: Gilberto Leda

A ex-governadora conversou por alguns minutos com jornalista e ficou bem a vontade para responder questionamentos, inclusive após o término das perguntas, até se mostrou disponível para mais conversa.

Confira na íntegra a entrevista com Roseana Sarney:

Blog do Diego Emir – Roseana Sarney como a senhora tem ocupado seu tempo no momento?

Roseana Sarney – Eu tenho ido a Brasília, duas ou três vezes por semana eu recebo pessoas lá no Calhau e o resto do tempo tenho aproveitado para estar com minha família. Recentemente peguei essa virose e agora que estou melhorando.

O PMDB terá um candidato a prefeito de São Luís?

Temos um longo caminho pela frente. Ainda vamos sentar para discutir o assunto. A reunião do PMDB (quinta-feira-19/06) foi o primeiro passo. Quero sentir como está o cenário. Eu sinto que existe um espaço para o PMDB crescer. O PMDB tá na oposição e mesmo nessa condição, acredito que é possível crescer.

Existe alguma possibilidade da senhora ser candidata a prefeita?

Eu não tenho nenhuma pretensão. Quero ajudar o partido.

Mas a senhora disse que estaria disposta a ir para o sacrifício, o que seria esse sacrifício?

O que o partido precisar eu farei, pois eu devo muito ao PMDB e aos nossos prefeitos, vereadores, deputados. Fui governadora por 4 vezes, senadora e o partido ajudou muito.

E se lhe chamarem para disputar a prefeitura de São Luís?

Vamos pensar.

Na última pesquisa divulgada para prefeito de São Luís, a senhora apareceu com 15% da preferência do eleitorado. Como a senhora reagiu a esse número?

Eu não estava esperando. Mas foi engraçado como eu soube, fui tomar um sorvete na Cohama e algumas pessoas começaram a me abordar, tirar fotos, até que veio um senhor e falou que ia votar em mim para prefeita, aí eu disse que não seria candidata, então ele retrucou dizendo que votaria no meu candidato que seria o Luís Fernando, eu respondi com um riso.

A senhora tem feito pesquisas?

Não. É mais uma questão de sentimento, mas tenho informações, onde podemos chegar. O político que é experiente tem uma sensibilidade de onde pode chegar. Isso não quer dizer que sempre vamos ganhar a eleição, afinal quando “pega para capar” é bem diferente.

Governadora a senhora deu uma chamada no Roberto Costa de forma pública na reunião do PMDB.

Não foi somente para ele, mas como tenho intimidade e ele estava aqui, acabei dando uma chamada de atenção de forma repetida.

Qual avaliação a senhora faz dos primeiros seis meses do governo Flávio Dino?

Eu prefiro não falar sobre disso. Pois tudo o que eu falar não vai servir como conselho ou orientação, afinal sou oposição. Mas o Brasil está passando por dificuldades, o Maranhão também…

Roseana, a senhora disse que Luís Fernando foi o candidato errado.

Eu não escolhi o candidato errado, escolhi certo, mas ele é que não quis ficar. Quando disse que foi errado, foi por conta do que projetamos para ele.

A senhora tentou manter o Luís Fernando no PMDB?

Tentei, mas não consegui. Eu não falei para ele: não sai do PMDB. Eu não tive essa oportunidade, talvez se eu tivesse tido, ele teria ficado no PMDB.

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