Aumenta o cerco contra o PT, diz deputada que integra CPI da Petrobras

Com o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, na cadeia, as autoridades terão condições de aprofundar a investigação sobre o envolvimento da alta cúpula do partido no esquema que desviou bilhões de dólares da Petrobras. É o que avalia a deputada Eliziane Gama (PPS-MA), que integra a CPI que investiga desvios na estatal. Além disso, a parlamentar avalia que a ida da Comissão Parlamentar de Inquérito ao exterior, poderá trazer novidades para a investigação em curso no Brasil.

Ontem, a CPI aprovou requerimento que autoriza um grupo de deputados a ir a Londres ouvir o ex-executivo Jonathan David Taylor, da empresa holandesa SBM, suspeita de pagar propinas à Petrobras.

O ex-diretor da petroleira brasileira, Pedro Barusco,  já revelou que a campanha da presidente Dilma Rousseff em 2010 recebeu US$ 300 mil da empresa SBM Offshore, acusada de pagar propina para obter contratos no Brasil.

 A Comissão parlamentar de Inquérito também fará visita técnica ao Departamento de Justiça e à Securities and Exchange Commission (SEC) dos Estados Unidos para acompanhar as investigações relativas à estatal brasileira, conduzidas por esses órgãos.

 “O ex-vice-presidente da Câmara está na cadeia, o tesoureiro do PT também, os diretores da Petrobras nomeados pelo partido também foram pegos na Lava Jato e são réus. O cerco contra o PT aumenta. Acreditamos que nos próximos meses a CPI da Petrobras, após busca de documentos e de depoimentos, inclusive no exterior, fará com que o caso avance na direção da presidente da República”, afirmou Eliziane.

Nos Estados Unidos, a Justiça cita Dilma Rousseff como pessoa de interesse para o processo de investigação no esquema de corrupção da Petrobras que acabou causando prejuízos a investidores estrangeiros. E coloca como réus na ação os ex-presidentes da estatal, Graça Foster e José Sérgio Gabrielli.

 Palocci e Dirceu

 Eliziane Gama irá apresentar um pedido formal na próxima reunião da CPI da Petrobras para que a comissão tome os depoimentos dos ex-ministros da Casa Civil, na gestão do PT, Antonio Palocci e José Dirceu. Em depoimento à Justiça, o doleiro Alberto Youssef disse que Dirceu e Palocci eram “ligações” do executivo da Toyo Setal, Júlio Camargo, com o Partido dos Trabalhadores (PT). A empreiteira também está implicada na Lava Jato.

 

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