‘Quero ser o presidente mais generoso para o nordeste’, diz Aécio Neves

O Imparcial


O candidato a presidência da República pelo PSDB, Aécio Neves, concede nova entrevista a O Imparcial – em maio deste ano, em passagem por São Luís, o tucano atendeu jornal, quando relatou os planos para o primeiro turno da eleição. O candidato que apareceu em terceiro lugar nas urnas do Maranhão, com 11% dos votos, terá que reverter o bom desempenho da presidente Dilma Rousseff (PT) – que recebeu 69,5% dos votos dos maranhenses – e conquistar os eleitores de sua atual aliada, Marina Silva (PSB) – que apresentou 17% nas urnas.

O desafio é grande, mas Aécio demonstra-se confiante. Com o apoio do vice-governador eleito Carlos Brandão (PSDB), do senador eleito Roberto Rocha (PSB) e da deputada federal mais bem votada, Eliziane Gama (PPS), o cenário para o segundo turno para mais favorável.

Na entrevista, o presidenciável falou sobre a necessidade de combater o discurso do PT que instaura o terror, ameaçando o fim programas sociais numa eventual gestão do PSDB, sobre seu carro-chefe para a região Nordeste, o Plano Nordeste Forte, e sobre as estratégias de superação da inflação e recuperação da credibilidade nacional e internacional do Brasil.


Aécio qual a importância do Maranhão para a sua eleição e quais seus projetos para o estado, enquanto presidente?
Eu fui o único candidato a desenvolver um programa específico para o Nordeste, o Plano Nordeste Forte. Quero ter um compromisso formal com essa região, porque ela já ajudou imensamente no desenvolvimento do Brasil. O Nordeste Forte é estruturado em sete eixos de atuação: infraestrutura; semiárido; combate à pobreza; qualidade de vida; educação, ciência e tecnologia; segurança pública e juventude.
Entre outras ações, prevemos a ampliação dos investimentos públicos e o incentivo a investimentos privados na consolidação e modernização de Complexos Portuários, superando problemas atuais, como a operação acima da capacidade do porto de São Luís. Também vamos investir em infraestrutura turística, na desoneração de combustível para voos para o Nordeste, além de restaurar patrimônio arquitetônico, artístico e cultural.
Quero ser lembrado como o melhor presidente que o Nordeste já teve, o mais generoso, o que mais compreendeu que nós precisamos diminuir as nossas diferenças investindo mais nas regiões que mais precisam.
No primeiro turno, assim como em 2010, a presidente obteve um dos maiores percentuais de votação. O senhor acredita que é possível reverter esse quadro agora no segundo turno?
Durante toda a minha jornada, em nenhum momento, eu deixei de acreditar na nossa vitória. Neste segundo turno recebo apoios que muito me honram. Representamos, todos nós, não é o ‘nós’ de majestade imperial, nós pessoas de partidos diferentes, representamos hoje o amplo sentimento de mudança que foi majoritário no primeiro turno dessas eleições.
O senhor não acredita que a pauta miséria e projetos sociais está sendo de forma exaustiva debatida, enquanto existem outros pontos cruciais a serem debatidos pelos concorrentes a presidência?
Acho importante este debate, porque ele nos dá a oportunidade de combater o terrorismo dos nossos adversários, que se apropriam dos projetos sociais e afirmam que não honraremos a nossa palavra de mantê-los. Isso não ter a menor relação com a realidade. Vamos, sim, manter os programas sociais, como o Bolsa Família, o Minha Casa Minha Vida, o Prouni, Fies, Saúde da Família, para citar apenas alguns. Mas vamos também aprimorá-los. Por exemplo, o Bolsa Família será transformado em política de Estado, pondo fim ao terrorismo eleitoral do PT, que ameaça a população com o fim do programa a cada eleição. Garantiremos que isso não vai acontecer por meio de lei.
Vamos criar também o programa Família Brasileira, que vai garantir que as famílias tenham acesso efetivo a serviços básicos, como Saúde, Educação, entre outros. Vamos criar também o programa Mutirão de Oportunidades, que vai resgatar 20 milhões de jovens que pararam de estudar para trabalhar, dando um salário mínimo por mês para quem voltar à escola. Vamos criar consultórios populares de saúde, estimulando médicos especialistas a abrirem consultórios em áreas carentes.
Independente de quem venha ser eleito presidente, o senhor acredita que 2015 será um ano turbulento para economia brasileira? O que fazer para amenizar essa situação?

A prioridade é conter a inflação e recuperar a credibilidade nacional e internacional do Brasil, revertendo a tendência atual de baixo crescimento e inflação fora do controle. Introduzir uma política de infraestrutura logística avançada que seja eficiente e reduzir os entraves à competitividade são caminhos a serem percorridos para a garantia da estabilidade e do desenvolvimento econômico. E, não menos importante, gerar confiança no empreendedor, na sua iniciativa em investir, é fundamental para um novo tempo de prosperidade.  
Sua adversária insiste em afirmar que o senhor vai tomar medidas impopulares, caso venha ser eleito. Existe isso e que medidas são essas?
As medidas impopulares já foram adotadas por esse governo. A inflação está fora de controle, a economia brasileira não cresce e os melhores empregos estão deixando o Brasil. Nós vamos tomar as medidas necessárias para retomar o crescimento. O meu governo será o governo da previsibilidade e da credibilidade, os investimentos voltarão ao Brasil, permitindo que a vida do brasileiro melhore e que os empregos voltem.

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