O esvaziamento da convenção do PSDB, ocorrida no último domingo (22) em Imperatriz, demonstra que as palavras de Flávio Dino (PCdoB), já não empolgam tanto. É óbvio que o comunista tem conhecimento e pelo menos na teoria demonstra capacidade para propor mudanças, mas o discurso embebido no ódio e com ar de arrogância, está cansando a população.

As palavras “mudança” e “anti-Sarney”, já não tem o mesmo efeito que outrora. Primeiro isso ocorre, pelo simples fato que a mudança não ocorreu com a eleição de aliados, isto ocorre principalmente nas cidades de Santa Inês com a desastrosa administração do inconsequente Ribamar Alves (PSB) e Timon com Luciano Leitoa (PSB). E colocar a culpa toda em José Sarney (PMDB), já está se tornando algo tão antipático quanto passar a vida reclamando de tudo e todos.

Outro fator que vem distanciando a população de Flávio Dino é o forte discurso de que somente ele é competente, somente ele vai resolver, ele será o único a ser honesto e todo o resto é incompetente e corrupto.

Por fim ainda tem aquela robustez nas palavras. Em muitas as vezes, o candidato comunista parece adotar postura semelhante ao antigo magnata da comunicação brasileira, Assis Chateubriand, que em 1950 concorreu ao cargo de senador na Paraíba. Naquela oportunidade ele percorria o interior paraibano discursando para a população, sempre citando Montesquieu, Rousseau, Voltaire e outros. O povo ficava assustado com o conhecimento daquele homem, mas nada entendiam e é inevitável que isso acabe cansando, afinal a novidade passa, tanto que em 1955, o Chatô teve que recorrer ao Maranhão para garantir sua vaga no Senado.

Isso não quer dizer que estamos subestimando a população maranhense, mas é necessário adotar um discurso que atinja o número máximo de pessoas e não fazer algo segregado.

O Diálogos pelo Maranhão não é nada mais que um espaço aberto apenas para os aliados da candidatura comunista, por isso é impossível dizer também que o povo já está tendo voz.

Flávio Dino ainda tem tempo! É líder nas pesquisas, ainda tem muita “gordura a queimar”, mas se não mudar a postura vai continuar em queda e pode acabar perdendo a eleição. 

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