Justiça devolve Campus de Imperatriz à comunidade acadêmica

A justiça federal de Imperatriz aceitou ontem à noite o pedido de reintegração de posse dos prédios que abrigam os campus de Imperatriz Centro e campus Bom Jesus. A medida que foi cumprida hoje, pela manhã, foi solicitada tendo em vista a ocupação dos dois campus pelos alunos da UFMA que estavam há 22 dias e 36 dias respectivamente parados como uma forma de pressão política. A intenção da paralisação era para que a instituição aceitasse uma extensa pauta de reinvindicações, apesar da UFMA já ter atendido ou está atendendo a quase totalidade dos itens, conforme proposto no planejamento acadêmico.


A desocupação foi solicitada pela Procuradoria Jurídica da UFMA no dia 14, tendo em vista que a ocupação ilegal de prédios públicos da União sem uma justificativa legal constitui uma atitude grave de desrespeito ao patrimônio público. A solicitação foi aceita de imediato e, ontem à noite, após uma reunião que aconteceu entre professores e a administração superior da UFMA, os alunos grevistas foram informados da decisão. Hoje pela manhã, a desocupação ocorreu pacificamente, apesar dos representantes terem afirmado que vão continuar com o momento de paralização por tempo indeterminado.

A comissão de representantes da administração superior da UFMA, composta pelo procurador jurídico José Renaldi Maia; pela pró-reitora de Assistência Estudantil, Cenidalva Teixeira, pelo prefeito da instituição, Guilherme Abreu e pelo Assessor de Planejmento de Ensino, João de Deus está em Imperatriz dialogando com os professores e estudantes para que as atividades de ensino, pesquisa e extensão voltem ao normal, sem prejuízo do calendário acadêmico. Uma nova reunião está acontecendo esta tarde entre a comissão e os representantes estudantis para que os dois lados possam criar uma agenda positiva de compromissos, a ser desenvolvida tendo como base o planejamento acadêmico e ao longo do semestre. “Estamos dialogando com os professores e estudantes como é prática da atual gestão. Estamos dirimindo todas as dúvidas e propondo soluções e técnicas e legais à medida que as demandas vão surgindo, mas tudo dentro do que é possível na autonomia universitária”, ressaltaram Cenidalva Teixeira, João de Deus e Guilherme Abreu.

Recursos Emergenciais

Enquanto a comissão representante da UFMA está em Imperatriz dialogando para superar os entraves gerados pela crise, o reitor Natalino Salgado está em Brasília tentando, junto ao MEC, a liberação de recursos extras para atender algumas questões que fazem parte da agenda da assistência estudantil como a criação de residências universitárias em todos os campus, transporte e alimentação de qualidade, segurança e melhores condições de acesso ao ensino – pauta que é aliás-, nacional já que todas as instituições de ensino superior estão passando pelo mesmo problema. “Não somente criamos a pró-reitoria de assistência estudantil para atender melhor e com mais atenção os alunos, mas também estamos garantindo as condições técnicas e estruturais para que todos tenham acesso aos mesmos serviços e produtos, em quaisquer circunstâncias e em todos os campus”, explicou o reitor pelo telefone.

7 thoughts on “Justiça devolve Campus de Imperatriz à comunidade acadêmica

  1. Matéria no mínimo cômica, a começar pelo título. A UFMA nunca foi tomada da comunidade acadêmica, muito pelo contrário, por entender que essa é uma instituição pública, de todos, é que os alunos começaram o movimento ppr melhorias. As pautas não podem ser desmerecidas, como a Administração Superior e alguns veículos de comunicação têm feito, pois se chegamos ao ponto de medidas tão radicais, que é a deflagração de uma greve e ocupação dos campi, é pq não identificamos melhorias, muito pelo contrário.
    As reuniões, apesar de extensas, não trouxeram conforto aos professores e estudantes, pois foram dados prazos e mais prazos, sem a segurança de documentos para serem cumpridos. Não queremos uma educação construída às coxas, queremos uma universidade de qualidade real. E vamos lutar até que isso aconteça.

  2. Outra coisa que me chama a atenção, é quando a expressão “grave desrespeito ao patrimônio público” é usada. Como se a falta de infraestrutura, segurança e condições básicas de educação fossem NADA diante de um movimento, tido como legítimo por diversas outras instituições (inclusive por nossos próprios professores e MPF), que se propõe alcançar tudo isso seja tido, irresponsavelmente, como desrespeitoso. Convido aos que leem esta reportagem que visitem os dois campi e vejam o verdadeiro desrespeito, vivido por estudantes, professores e servidores TODOS OS DIAS.

  3. A GREVE CONTINUA
    Após mais de 6 horas em reunião onde só representantes da reitoria podiam falar com a finalidade de chegar a um acordo negociado com o comando de greve, a reunião acabou sem nenhum documento assinado por ambas as partes, ou seja, foi uma conversa sem nenhum valor legal, e para a turma que gosta da burocracia do direito, o resultado foi zero. E a tentativa do reitor de enrolar os estudantes não deu certo.
    O GOLPE
    Ficou evidente a tentativa de golpe que se desenrola daqui pra frente, sem a ATA DE CONCILIAÇÃO assinada pelas partes (reitoria e comando de greve de Imperatriz) fechando datas e prazos para atender as reivindicações a reitoria ao trazer membros da chapa apoiada por eles a Imperatriz fica evidente que quem assinaria esse acordo, cujo teor seria um falso acordo, seria feito por membros dessa chapa que nem si quer foi eleita devido a falta de quórum no processo que não deve ser reconhecido, se você assinar qualquer documento estará cometendo crime juntamente com a reitoria.
    A DENUNCIA AO MPF
    O prozo dado pelo Ministério Púbico Federal para o reitor da UFMA em esclarecer todos os pontos da Carta Denuncia (protocolada em 12/05 pelo movimento #REAGEUFMA ao MPF e encaminhada à reitoria no dia 13/05) foi de 10 dias úteis, ou seja, que termina no dia 27/05 sem o fechamento do acordo com os estudante a reitoria fica sem argumentos e terá que prestar esclarecimentos sobre todos os pontos ao Ministério Publico, ou seja, não será com promessas que eles conseguirão fazer isso. E, se usarem um falso documento de acordo as coisas se complicarão ainda mais para quem se prestar a isso.
    PROXIMAS AÇÕES DO MOVIMENTO
    Impedidos de se manifestar num espaço público e de formação que deveria ser a UFMA os alunos dos cursos que pararão continuarão a protestar na rua, virtuais e na mídia enquanto chega a justificativa da reitoria junto ao Ministério Públicos, todos os cursos mantendo a greve.
    Segunda-feira está marcada uma reunião como o comando de greve para passar os informes sobre os últimos acontecimentos e o monitoramento do que será publicado pela direção da UFMA como resultado da reunião.
    Os C.A.s estarão agendando assembleias gerais por cursos , após o dia 23/05, culminando com uma assembleia geral no dia 05 de junho, data em que os professores devem ter definido se entrarão em greve ou não.
    Então camaradas, qualquer boato de acordo ou de retorno as aulas é falso e mentiroso, plantado pela reitoria para confundir os estudantes.
    A luta continua.
    Das poucas asneiras que ouvi na reunião com representantes da reitoria (pois não aguentei tanta hipocrisia e sai), disseram que Imperatriz recebe um Link de 100Mb, Hoje no mercado equivale a por baixo R$27.000/mês. Enquanto isso temos 22 computadores no laboratório e há mais de 3 meses a rede, que já é precária de WI-FI não funciona no campus. Então senhores se os alunos reivindicam acesso de qualidade de Internet não basta dizer que a instituição gasta uma fortuna e tem uma boa “banda” é preciso dar estrutura de acesso dentro de todo o campus, isso também é acessibilidade. Incompetência só traz prejuízos a todos, alunos, professores e a própria instituição de ensino.

  4. Na reunião com os representantes da reitoria ao serem cobrados da resposta do requerimento solicitando os laudos do corpo de bombeiros para o uso do novo prédio construído que protocolado na direção da UFMA– segundo o que se comenta o prédio foi condenado para o uso e a ocupação -, ao invés de apresentar documento, como tanto exigem dos alunos grevistas o interlocutor da reitoria disse:
    “pelo pouco conhecimento que tenho isso é responsabilidade da direção local E vocês estão errados ao cobrar laudo dos bombeiros, eles só servem pra apagar fogo. O documento é emitido por um engenheiro registrado no CREA-MA, vamos para o próximo ponto.”
    Realmente o conhecimento dele é pouco: primeiro a UFMA de Imperatriz não é autônomo de São Luís. Segundo os profissionais bombeiros militares tem muito mais atribuições do que eles imaginam não apenas em relação à prevenção e o combate a incêndios, também são responsáveis por vários tipos de laudos: que analisam extintores, saídas de emergência etc. O documento de aprovação do Corpo de Bombeiros de acordo com a utilização em atividades relacionadas é uma das reivindicações que poderia ser apresentado por eles, claro se esse documento existir e que aprovasse o uso do prédio. Além desse há também a certidão de Habite-se que é fornecido pelo órgão municipal, cujo documentos de aprovação do corpo de bombeiro deve ser apresentado para a liberação, em caso de licenciamento de qualquer atividade em edificação nova.
    Em resumo, srs. representantes do reitor, quando vierem a imperatriz façam valer as passagens áreas e a hospedagem paga com dinheiro publico em não venham gastar salivas com argumentos soltos, tragam documentos e apresentem soluções e não apenas cumprir o papel que fizeram nesses 3 dias aqui em Imperatriz

  5. Enquanto os estudantes de Imperatriz estão organizados na luta por uma educação de qualidade e resistindo a todo tipo de pressão e assédio por parte da administração superior da UFMA, o estudante blogueiro de Natalino, escreve uma matéria no intuito de criminalizar a organização dos companheiros em Imperatriz e mais, ressalta que a reitoria da UFMA já tem atendido a quase todas as reivindicações da pauta (“””””apesar da UFMA já ter atendido ou está atendendo a quase totalidade dos itens”””””””).

    É! A partir daí é possível perceber de que lado cada um está.
    E com certeza, esse estudante blogueiro, não estar do mesmo lado que os companheiros guerreiros que protagonizam as lutas no Campi de Imperatriz.

    Ah, uma observação, Não vendo! Não venderia! O DCE não é da reitoria!!!!!!

  6. Faço das palavras da minha amiga as minhas.

    Matéria no mínimo cômica, a começar pelo título. A UFMA nunca foi tomada da comunidade acadêmica, muito pelo contrário, por entender que essa é uma instituição pública, de todos, é que os alunos começaram o movimento ppr melhorias. As pautas não podem ser desmerecidas, como a Administração Superior e alguns veículos de comunicação têm feito, pois se chegamos ao ponto de medidas tão radicais, que é a deflagração de uma greve e ocupação dos campi, é pq não identificamos melhorias, muito pelo contrário.
    As reuniões, apesar de extensas, não trouxeram conforto aos professores e estudantes, pois foram dados prazos e mais prazos, sem a segurança de documentos para serem cumpridos. Não queremos uma educação construída às coxas, queremos uma universidade de qualidade real. E vamos lutar até que isso aconteça.

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