O leite que traz a educação

Em uma cidade que os índices sociais beiram as fontes abissais, qualquer melhoria, minima que seja, já é algo de muita relevância para a população. Exemplo disto é o Programa do Leite, reativado por Edivaldo Holanda Júnior (PTC) na última segunda-feira (10) na rede municipal de Educação de São Luís. Mesmo sem a sua total implantação em todas as escolas, no mesmo dia já existiam pais de crianças correndo contra o tempo e buscando fazer a matrícula dos filhos que tinham deixado para trás.

O caso aconteceu na Unidade de Educação Básica Rubem Almeida no Coroadinho. Localizada em uma das regiões mais pobres de São Luís, pais correram para a escola desde a segunda-feira (10), querendo receber o leite. Porém desinformados foram avisados, que o leite não será mais entregue aos pais como anteriormente, mas sim servido diariamente 200 g as crianças. 

Percebam que o leite será um atrativo para as crianças se manterem nas escolas e os pais matricularem seus filhos. Chega a soar absurdo, mas em um país castigado pelas mazelas sociais, buscar mais educação, independente do método é uma grande vitória.

E dessa vez a secretaria municipal de Educação, teve um êxito ainda maior ao não fornecer o leite para os pais, mas sim servir nas escolas para as crianças, complementando a alimentação. Isso sim, se chama Programa Leite na Escola. 

Afinal, o saco de leite entregue aos pais, poderia sofrer desvios pelo caminho e nem sempre ser aproveitado pela criança. E da forma que está sendo empregada o programa do Leite na Escola, a oferta do produto será ainda maior. 

Se antes na gestão de João Castelo (PSDB), cada criança ganhava dois sacos de 500 g de leite por mês, o que totalizava 1kg para 30 dias, agora mais de 80 mil estudantes da rede pública de educação, vão receber o equivalente a 4 kg por mês, afinal por dia serão 200 gramas.

Ponto mais uma vez para Geraldo Castro (PCdoB) e Fátima Ribeiro, secretários que possibilitaram a retomada do programa.