Benedito Buzar diz que se não houvesse a ditadura militar João Castelo e outros não teriam sido governador do Maranhão

Na entrevista concedida à revista Maranhão Hoje (edição de março), que está nas bancas, o jornalista Benedito Buzar diz que se não tivesse havido o golpe militar de 1964, Pedro Neiva de Santana, Nunes Freire e João Castelo não teriam sido governador do Maranhão. Os dois primeiros, diz, não tinham projetos políticos para tanto, e o terceiro era muito jovem. “Nenhum dos três – Pedro Neiva de Santana, Nunes Freire e João Castelo – se as eleições ainda fossem diretas, seria eleito. Os dois primeiros porque nunca aspiraram ser candidatos a governador. O terceiro, Castelo, porque estava começando sua carreira política”, afirma categoricamente o entrevistado.


Indagado sobre como o golpe militar foi recebido no Maranhão, Benedito Buzar diz que apaticamente. “Nos dias que antecederam ao golpe os setores de esquerda (sindicatos, entidades de estudantes e alguns políticos) chegaram a fazer algumas reuniões de apoio a Jango (João Goulart), mas sem qualquer manifestação de rua”, frisa. 

Nascido em Itapecuru-Mirim, região do Baixo Paranaíba no interior maranhense, o jornalista Benedito Buzar é considerado um dos maiores pesquisadores do Maranhão. Presidente da Academia Maranhense de Letras, é autor de vários livros sobre a política maranhense e de várias crônicas e reportagens especiais sobre este tema. Buzar era deputado estadual quando o Brasil estava sob regime militar implantado em 1964 e foi um dos que tiveram seus mandatos cassados.

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