Ricardo Murad diz que irá fazer muito mais do que 72 hospitais

Responsável por uma das pastas mais importantes do governo estadual, Ricardo Murad, revela que a Saúde do Maranhão vive uma nova realidade, não existindo mais a dependência da ajuda de estados vizinho, pelo contrário oferecendo suporte necessário para ajudar os municípios maranhense, inclusive a capital.

O secretário estadual de Saúde vai além, diz que promoveu realizações além do prometido e que oposição não sabe do que fala quando cobra a entrega dos 72 hospitais, pois além destes estarem sendo construídos, outras unidades foram preparadas para melhorar o atendimento na rede pública do estado.

Sobre política, Ricardo Murad economiza as palavras, mas acredita que o pré-candidato ao governo, Luís Fernando (PMDB), seria vitorioso, pois conta com apoio de 217 municípios. Em relação a sua pretensão política, conta que um caminho natural é a sua reeleição de deputado estadual, mas que pode não sair, caso fique alguma pendência na secretaria de Saúde.

Confira na íntegra a entrevista:

Quais são os principais avanços na Saúde do Maranhão?
Ricardo Murad – O fundamental da Saúde do estado é que no começo da nossa administração, nós lançamos um programa chamado Saúde é Vida, então nesses quatro anos, nós estamos implementado todas as ações do programa, que consiste em oferecer saúde pública de qualidade para a população. Ele abrange ao apoio municipal na política de saúde, construção e ampliação de hospitais, além de implantar uma rede estadual de unidades especializadas, que de acordo com estudo técnico na época, nunca os município maranhenses conseguiriam ter acesso a essa estrutura, por conta do alto custo desse investimento. Este é o programa, que visa universalizar o atendimento. Tivemos uma quantidade crescente em atendimentos, nenhum estado investiu tanto e em um prazo tão curto como o Maranhão no setor da Saúde. Ainda está incluída a construção de 8 hospitais macrorregionais, 64 hospitais de pequeno porte, 10 Upa´s, a transformação do Hospital Geral e Carlos Macieira em unidades de alta complexidade, uma rede de hemodiálise, paralelo a isso, também ocorreu uma grande capacitação de profissionais.

Com a conclusão desse programa, finalmente vamos poder parar de escutar a expressão, que existe uma procissão de ambulâncias em direção de São Luís?
Veja bem, essa procissão de ambulância se trata da ineficiência da prefeitura. São Luís desde 2004 é referência em tratamento de câncer, alta complexidade, realização de exames, de mais de 180 municípios maranhenses. Então São Luís precisa cumprir esse pacto que foi feito, então não há procissão de ambulâncias, o que existe é uma ineficiência do município de São Luís que ele mesmo contratou e não vem conseguindo cumprir. A saúde de São Luís é uma falência absoluta. Para você ter ideia todos os municípios da região central do Maranhão, não mandam mais pacientes para a capital. Essas unidades abertas em diversos municípios ficam referenciadas para receber pacientes da região e nunca mais enviar ambulâncias para São Luís. Estamos oferecendo um atendimento bastante qualidade, conforto e segurança.

Muito se fala em parceria, com a posse da nova secretária, o senhor acredita que essa conversa seja retomada?
Desde que eu assumi, eu sempre me dispus a ajudar o município. Agora ajudar, não quer dizer dar dinheiro para bancar déficit e essa porcaria de atendimento que se tem, hoje em São Luís. Eu e Helena já conversamos, colocamos nossas equipes para estudar uma proposta de parceria. Não quero adiantar nada ainda, para não criar uma expectativa. Nós já sabemos o que é necessário para tirar a Saúde de São Luís do caos, repito que as equipes estão trabalhando e na próxima semana devemos apresentar as propostas para a parceria institucional.

A governadora tem dito repetidas vezes que seu principal objetivo é exterminar a pobreza. O que a secretaria de Saúde tem feito para contribuir?
Só você está possibilitando o acesso ao atendimento de qualidade para a população, já são índices extraordinários. Antes do programa Saúde é Vida, as pessoas tinham que procurar outros estados para se tratar, hoje no Maranhão nós temos um serviço eficientes e gratuito, que significa um incremento na renda, pois evita despesas com um serviço que deve ser universal e gratuito. Hoje em dia, temos, inclusive, depoimentos de pessoas que não tem mais plano de saúde, pois confiam na capacidade de atendimento da rede de saúde pública do estado.

A oposição insiste na tecla que o governo não vai cumprir a promessa de entregar os 72 hospitais. Qual a dificuldade para atingir esse objetivo?
Nenhuma dificuldade. Contando fevereiro que vamos entregar mais 6 e março que serão mais 14, vão faltar apenas dois hospitais, que estão atrasados por conta de problemas externos, que ocorre em Brejo de Areia e Bom Jesus da Selva. Dessa forma garanto, que em março, todos hospitais vão estar funcionando, com exceção desses dois. Não há o que se fala de que hospitais não foram entregues. No total, nessa primeira fase do programa, repito, são 10 upas, 8 hospitais gerais macrorregionais, 64 hospitais gerais de pequeno porte, foram os 210 novos leitos, a adequação do hospital de Presidente Dutra em alta complexidade, o Cemesp, nova sede da Feme. Para deixar claro, fizemos muito mais do que foi prometido.

Quanto à política, o que o senhor pensa para 2014?
O caminho natural é que eu seja candidato a reeleição de deputado estadual, mas tudo dependerá da forma que as coisas forem se processar até março. Eu preciso ter segurança que o programa será concluído, preciso avaliar o cenário da sucessão, de qualquer forma meu caminho natural é a reeleição de deputado estadual.

Existe a possibilidade de o senhor não deixar o cargo?
Não tenha dúvida, que se tiver algum problema no programa Saúde é Vida e por ventura não venha a ser concluído, ficarei como secretário para concluir meu trabalho.

Quanto à candidatura de Luís Fernando, o senhor acredita na vitória?
Futuro governador do Maranhão. Pela experiência que tenho e a realidade política do Maranhão, o Luís Fernando tem o apoio de 217 municípios, é impossível que ele perca essa eleição.

O PMDB hoje tem o apoio do PT, mas ainda tenta atrair o PSDB. O senhor acredita que essa estratégia está correta?
Existe a manutenção natural com o PT. Já o PSDB tem uma liderança engajada nesse movimento, que é o prefeito Sebastião Madeira. Dessa forma entendo de forma bem clara, que se o PSDB não tiver candidato próprio, eles vão se aliar com o PMDB, afinal não existe hipótese que eles estejam coligados com o PCdoB. Não existe afinidade, então a possibilidade de um apoio do PSDB a nossa candidatura é real.

Sendo eleito, deputado estadual, o senhor já pensa em ser presidente da Assembleia Legislativa?
Sendo bem sincero, já fui. Eu não quero mais ser. E sobre a possibilidade de eu voltar a secretaria de Saúde no governo Luís Fernando, digo que isso é mera especulação, isso é futurologia. Penso em apenas terminar bem, a minha gestão.

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