Ano de eleição, qualquer ato vira uma tentativa politiza-lo. E não está sendo diferente com Luís Antônio Pedrosa, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/MA e agora pré-candidato ao governo pelo PSOL. O advogado vem sendo acusado por pelo menos uma semana por aliados do grupo governista que estaria aproveitando a “onda” da crise do sistema de Segurança e Penitenciário do Maranhão, para “surfar” e projetar sua candidatura.
Pelo que se tem acompanhado, em nenhum momento Luís Pedrosa aproveitou-se dessa situação para iniciar uma campanha político-partidária, pelo contrário manteve sua postura. Não é de hoje que o advogado critica o sistema penitenciário do Maranhão. Não foi ontem que ele iniciou uma campanha de alerta de como o governo trata o tema Direitos Humanos no estado.
Conversei poucas vezes com Pedrosa e em uma das últimas vezes no encontro do PSOL, perguntei sobre sua candidatura ao governo. Respondeu de forma tão despretensiosa, assim como deve ser sua investidura ao cargo, disse que ainda estava em processo de construção e que o primordial no momento era o debate de ideias.
Em suas entrevistas dadas recentemente assim como todas outras, sobre o sistema prisional do Maranhão, Pedrosa já é mais firme e fala grosso, evidenciando que ali sim existe um interesse mais ávido pelo o debate e em nenhum momento observa-se a pretensão de projetar um nome para a disputa governamental de outubro.
Ele mantém uma postura coerente e condizente com o seu trabalho, sua história. Nunca absteve-se do debate, quando o tema era Direitos Humanos e não seria agora que ele iria ficar fora, mesmo que isso venha lhe custar uma tentativa maliciosa de desqualificação do seu trabalho.
Por isso chega a ser insano, a tentativa de colocar no mesmo bolo, o advogado Luís Pedrosa, que entra no debate político deste ano, acredito, para enriquecer a discussão.

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