Randolfe Rodrigues do PSOL entra na briga da disputa presidencial


Do Correio Braziliense

O PSol consolidou a pré-candidatura do senador Randolfe Rodrigues (AP) para a disputa da Presidência da República em 2014. Durante o 4º Congresso do partido, realizado em Luziânia (GO) entre sexta e ontem, o parlamentar derrotou a deputada Luciana Genro (RS), filha do governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro (PT). De acordo com a legislação eleitoral, a oficialização da candidatura só poderá ocorrer em junho.

A vitória de Randolfe aconteceu numa votação simbólica, sem contagem nominal, porque, visualmente, a maioria dos delegados levantou crachás em apoio ao nome dele. Segundo a organização, estavam presentes 391 delegados e cerca de 200 observadores.

Após o anúncio da votação, Randolfe afirmou que assumiria a função com “temor e honra”. Há duas semanas, ele disse que renunciaria à candidatura, diante da iniciativa do deputado Chico Alencar (RJ), considerado o único nome capaz de unir o PSol. Contudo, o parlamentar fluminense não aceitou o posto, com a justificativa de ajudar o partido a ampliar a bancada na Câmara. Em 2010, ele recebeu 240 mil votos e auxiliou o partido a eleger Jean Wyllys, que teve 13 mil votos, ao cargo de deputado federal.

Ao que tudo indica, o pré-candidato do PSol terá como prováveis adversários a presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Randolfe diz que terá um discurso de único representante da esquerda. Além de criticar a falta de desapropriações para a reforma agrária no governo atual, o senador acusa o PSB de apoiar ruralistas na votação do Código Florestal. “Fui escolhido pelo partido político que tem uma enorme responsabilidade de apresentar a candidatura de esquerda, nessa difícil conjuntura política, em que as candidaturas são muitos parecidas”, disse.

Segundo ele, o PSol está interessado em apenas fazer alianças com partidos da diminuta esquerda brasileira. Contudo, enquanto a legenda de Randolfe aposta em uma coligação, o PCB pretende concorrer sozinho ao Planalto. Já o PSTU trabalha para a reedição da Frente de Esquerda de duas eleições atrás. Em 2006, os três partidos consolidaram uma terceira via que alcançou 6,5 milhões de votos para presidente, tendo à frente a alagona Heloísa Helena. Em 2010, concorrendo cada um por si, tiveram o apoio de apenas 1 milhão de eleitores.

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